Sentimentos: um estudo com alunos deficientes que frequentam a escola comum - a luz da teoria de Henri Wallon

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Este trabalho partiu da necessidade de conhecer os sentimentos de alunos deficientes que frequentam a escola comum. Para este olhar a pesquisadora se inspirou na psicogenética de Henri Wallon por considerar que esse teórico, em sua teoria de desenvolvimento, introduz um componente de constituição do sujeito pouco explorado no cotidiano da escola comum, e erroneamente utilizado no cotidiano da escola especial, a afetividade. Junto com o motor e o cognitivo, a afetividade é um dos conjuntos funcionais que, segundo Wallon, se fundem formando a pessoa que se constitui em um conjunto funcional. A pesquisadora, por meio de entrevista em grupo, ouviu adolescentes deficientes que frequentam escola comum e adolescentes deficientes que frequentam escola especial, para conhecer os sentimentos deles em relação à escola. O sentimento mais relacionado com o aprender e o estudar é o prazer. O ato de aprender suscita o sentimento de prazer. A alegria está relacionada com ter amigos. A raiva é mencionada por apenas um sujeito da pesquisa, relacionado com "lição difícil", e o sentimento de medo não estabelece nenhuma relação com a escola. Ele está mais relacionado com problemas sociais, como o preconceito e a violência. Assim, a conclusão a que essa pesquisa chega, ouvindo os sentimentos da pessoa deficiente em relação a sua inserção na escola comum, é a de que os alunos gostam da escola. Têm prazer de estar lá, pois é na escola que se aprende. Esse prazer em aprender aparece tanto nos alunos que frequentam a escola comum como nos que frequentam a escola especial

ASSUNTO(S)

escola especial pessoas portadoras de deficiencia -- educacao educacao teoria walloniana de desenvolvimento

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