Perfil do estresse oxidativo nas hemácias e plasma de animais com caquexia induzida por tumor de walker-256
AUTOR(ES)
Leila Regina Arias Rotunno
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A caquexia resulta de acentuada perda de massa magra e depleção de tecido adiposo. Aparece em diversas doenças graves, incluindo o câncer e sua patogênese é multifatorial. Estudos recentes mostram que as espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio têm papel importante no desenvolvimento da caquexia por câncer em animais. Este trabalho propõe investigar a participação da via sistêmica, como reflexo do estresse oxidativo (EO), no estado caquético induzido por tumor de Walker-256. Nos experimentos foram utilizados ratos portadores do tumor de Walker-256, no 7o (T7) ou 14o (T14) dias após a inoculação subcutânea das células tumorais no flanco direito traseiro dos animais ou ratos controles (inoculação de PBS). A lipoperoxidação no plasma foi determinada através da análise de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), entre elas o dialdeído malônico. Os antioxidantes totais foram determinados através do potencial antioxidante total (TRAP). A lipoperoxidação foi também avaliada no plasma e hemácias, por quimiluminescência (QL), um método indireto, porém mais sensível para avaliação da oxidação. As enzimas antioxidantes como a superóxido dismutase (SOD), glutationa reduzida (GSH), bem como a forma oxidada da glutationa (GSSG) foram quantificadas nas hemácias. A lipoperoxidação das hemácias e plasma mostrou-se aumentada em T7 e T14 quando comparadas ao grupo controle. Os antioxidantes totais do plasma diminuíram em T7 e T14 nos grupos tumor em relação ao controle. A SOD, o índice de estresse (IE) que reflete o estado oxidativo celular e GSSG aumentaram nas hemácias. A concentração de TBARS no plasma não mostrou alterações significativas. Este estudo demonstrou o envolvimento da via sistêmica no EO em animais com caquexia. Observou-se lesão oxidativa na membrana da hemácia e lipoperoxidação no plasma em T7 e T14. As enzimas antioxidantes foram depletadas como resultado do aumento da lipoperoxidação. Com sete dias após inoculação do tumor verificouse intenso ataque dos radicais livres às hemácias sendo evidenciado pelo aumento da QL de hemácias e da SOD. Este ataque foi confirmado também pelo IE e GSSG na fase de T7. Em conclusão, os resultados demonstraram nos animais com caquexia induzida pelo tumor de Walker 256: aumento significativo nos níveis de lipoperóxidos do plasma e membrana das hemácias. Aumento dos níveis de GSSG, IE e na atividade da SOD nas hemácias. Redução da capacidade antioxidante total do plasma. Estes dados analisados em conjunto evidenciam o EO sistêmico experimental na caquexia induzida pelo tumor de Walker-256 em ratos.
ASSUNTO(S)
estresse oxidativo cachexia câncer cocarcinogenesis experimental pathology oxidative stress caquexia
ACESSO AO ARTIGO
http://189.90.64.145/document/?code=vtls000123848Documentos Relacionados
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