Isolamento parcial de frações proteicas plasmaticas de ratos com tumor de Walker 256 associadas as alterações da fragilidade osmotica de hemacias

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

A anemia sem hemorragia em ratos portadores do tumor de Walker 256 (W256) é um sintoma característico observado durante a progressão do câncer. Resultados preliminares mostraram duas atividades opostas no sangue total de portadores deste tumor. Uma delas diminui e a outra aumenta a fragilidade osmótica (FO) das hemácias de ratos. A diminuição da FO de hemácias foi obtida quando ratos foram inoculados com a variante A (agressiva) do W256 e o efeito oposto quando foi usada a variante AR (regressiva). O objetivo deste trabalho foi o de confirmar estes resultados e, se possível, isolar os componentes plasmáticos responsáveis pelas mudanças na FO de hemácias de ratos portadores de tumor. Ratos machos Wistar com 8 semanas de vida foram submetidos ao modelo de crescimento tumoral (4 inoculações subcutâneas (sc) simultâneas com 5x106 células A ou AR/sítio) usado para simular o estágio metastático terminal do câncer. Todos os animais foram esplenectomizados e inoculados no dia zero. Amostras de sangue total dos ratos portadores dos tumores A ou AR foram coletados aos O, 4 e 10 dias pós-esplenectomia e inoculações. Alíquotas dos plasmas foram fracionadas com sulfato de amônio. Com isto foram obtidas as frações sobrenadante 60% (560), precipitado 60% (P60) e precipitado 60-80% (P60-80). A FO foi determinada aos O, 4 e 10 dias no sangue total dos portadores de tumor ou nas hemácias provenientes de rato normal incubada a 37°C durante 30, 120 e 240 minutos, com o plasma total e suas frações. Finalmente, o plasma total e frações foram submetidos a SDS-PAGE para identificação de prováveis componentes protéicos responsáveis pelas alterações da FO das células vermelhas. Todas as comparações foram realizadas contra o plasma total e frações de ratos controles. Assim, foi observado que o modelo usado é muito adequado para simular a fase metastática do câncer. O aumento da FO das hemácias não estava associado com o desenvolvimento da anemia produzido por ambas as variantes celulares do W256. Visto que, na fase grave da doença (10 dias), quando a anemia nos portadores da variante A (5,2±0,4 gHb/dL) foi maior do que a dos portadores da variante AR (6,7 ± 0,8 gHb/dL) não foi observado aumento na FO de hemácias de ratos portadores da variante A do W256. O fracionamento com o sulfato de amônio mostrou dois componentes protéicos capazes de induzir aumento significante (P<0,05) nas hemácias de ratos normais. O primeiro, observado em ambas as variantes do W256, precipitou a 60% de saturação, presente na fase inicial do crescimento tu moral (4 dias) e o segundo precipitou a 80%, aparecendo tardiamente (10 dias) somente nos portadores da variante AR. Além disto, no plasma destes animais também foi observado aumento da FO associado com as frações P60% (massa molecular alta) e S60% e P60-80% (massa molecular baixa). Esta característica pode refletir a interação tumor/hospedeiro e o comportamento regressivo da variante AR. A análise da SDS-PAGE do plasma total e frações permitiu a identificação de duas bandas protéicas (Mr ? 66 e >116). O aumento destas bandas em ambos os portadores do W256 bem como as suas alterações temporais impediram o estabelecimento da correlação entre as mudanças da FO de hemácias de rato e o câncer experimental

ASSUNTO(S)

anemia precipitação eletroforese neoplasias - diagnostico

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