OBESIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL - O QUE SABEMOS ATÉ AGORA?
AUTOR(ES)
Silva-Junior, Vicente Lopes da, Lopes, Fernanda de Azevedo Marques, Albano, Rodolpho Mattos, Souza, Maria das Graças Coelho de, Barbosa, Carolina Monteiro de Lemos, Maranhão, Priscila Alves, Bouskela, Eliete, Kraemer-Aguiar, Luiz Guilherme
FONTE
MedicalExpress (São Paulo, online)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
Na história da medicina apenas recentemente a obesidade foi reconhecida como uma doença. Sabemos agora que é uma doença pandêmica, explicada em parte pelo chamado estilo de vida ocidental e relacionado a múltiplas outras comorbidades em vários sistemas. O referido estilo de vida inclui comer grandes porções, ricas em gorduras saturadas e açúcares refinados, e hábitos sedentários. Nos últimos anos, a microbiota intestinal foi associada aos aspectos fisiopatológicos envolvidos na obesidade. De estudos com animais livres de bactérias no trato digestivo, conhecidos como "animais sem germes", a relevância da microbiota intestinal na regulação da gordura corporal tornou-se evidente e sua importância também se estendeu à fisiopatologia de doenças como diabetes mellitus e doença cardíaca coronária. A caracterização dos receptores "Toll-like" levou à descoberta de mecanismos que ligam o sistema imunológico a algumas vias metabólicas e abriram novas avenidas de um mundo anteriormente desconhecido para as ciências biológicas. O aumento do conhecimento sobre as interações entre a microbiota intestinal e o hospedeiro certamente pode revelar, em um futuro não muito distante, novas perspectivas terapêuticas para a obesidade e suas doenças relacionadas.
ASSUNTO(S)
obesidade intestino microbiota