PANORAMA DOS DESASTRES DE MARIANA E BRUMADINHO: O QUE SABEMOS ATÉ AGORA?
AUTOR(ES)
Fabrício, Sarah Amaral; Ferreira, Denize Demarche Minatti; Borba, José Alonso
FONTE
REAd. Rev. eletrôn. adm. (Porto Alegre)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
RESUMO Em 2015, ocorreu o rompimento da barragem de Fundão da empresa Samarco (controlada pela Vale), causando uma enorme onda de lama, causando 19 mortes e tornando-se o maior desastre ambiental do Brasil. Logo em 2019, um novo rompimento de barragem aconteceu, tendo como empresa responsável a Vale, tendo em torno de 270 vítimas fatais. Ambos os desastres trouxeram inúmeros problemas socioambientais e financeiros. O estudo tem como objetivo analisar o impacto do desastre ambiental de Brumadinho e Mariana nas Demonstrações Financeiras da Vale e Samarco, especificamente os problemas relacionados às provisões, contingências e processos ambientais. O método empregado no estudo de caso foi a análise de conteúdo e, a coleta de dados foi realizada a partir das Demonstrações Financeiras, Formulários de Referência e "press release" da empresa num período de 10 anos compreendido entre 2010 a 2019. Entre os principais resultados, observamos que em 2015, o colapso da barragem de Mariana pode explicar o aumento significativo de depósitos e provisões para ações ambientais movidas contra a Samarco e a Vale nos anos seguintes. Em 2019, detectou-se que o valor transferido para depósitos judiciais aumentou 45 vezes em relação ao ano anterior. Considerando esse fato, são necessários estudos que contribuam para a transparência das ações das vítimas, comunidades afetadas, desrespeito aos envolvidos e ao meio ambiente, pois esse não é o primeiro desastre causado pela empresa.
Documentos Relacionados
- OBESIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL - O QUE SABEMOS ATÉ AGORA?
- Perdas pós-colheita de hortícolas no Brasil: o que sabemos até agora?
- Da Samarco em Mariana à Vale em Brumadinho: desastres em barragens de mineração e Saúde Coletiva
- Variantes de risco APOL1 e doença renal: o que sabemos até agora
- Pressão alta e stress: o que fazer agora?