O projeto "A cidade que a gente quer": teoria e prática

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A presente pesquisa de natureza qualitativa tem como campo de investigação o projeto "A Cidade que a gente quer", implantado em unidades escolares de uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, com foco na execução de reformas de ambientes de aprendizagem e de sistemas educacionais, a partir do uso de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem desencadeado com a realização de oficinas e a participação de professores e alunos. Esta pesquisa surgiu pela necessidade de buscar a resposta ao seguinte problema: "Quais os resultados e influências que o projeto A Cidade que a gente quer está produzindo no trabalho dos professores envolvidos?". Considerando a complexidade do problema, foram elaboradas questões que nortearam o desenvolvimento da pesquisa de investigação. Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário online, via e-mail, envolvendo sessenta e três professores multiplicadores/mediadores, que continuavam trabalhando nas vinte e seis escolas envolvidas no projeto, na ocasião da pesquisa, e foi realizada uma entrevista com dez educadores (equipe técnico-pedagógica e professores) de duas unidades escolares que estão desenvolvendo o projeto. O software MS-Excel foi utilizado para a tabulação dos dados, o que possibilitou a triangulação e o estabelecimento de relações entre os dados, a teoria e a prática. Os resultados da pesquisa são apresentados considerando-se a análise da tabulação das questões objetivas e subjetivas e dos depoimentos dos professores de duas escolas durante as entrevistas. A partir da pesquisa de investigação, foi concluído que as influências do projeto A Cidade que a gente quer para o trabalho dos professores envolvidos foram positivas, considerando-se que para uma porcentagem significativa possibilitou e/ou tem possibilitado: aprofundar os estudos sobre as concepções teóricas que fundamentam o desenvolvimento do projeto (78%); apropriar-se de novas Tecnologias de Informação e Comunicação (67%); atuar como mediador do processo de aprendizagem dos alunos (84%); estimular os alunos a registrarem todo o processo de construção do conhecimento por meio do diário de bordo (76%), utilizando-o para avaliar o desenvolvimento do projeto (83%); desenvolver o projeto em parceria com outros professores da escola (81%), a partir de um trabalho interdisciplinar (79%); ensinar o aluno a pesquisar (83%) e a trabalhar em grupo (83%); instigar o aluno a questionar e levantar suas hipóteses visando solucionar os problemas identificados (70%); envolver os alunos em todo o processo, da diagnose (75%) ao planejamento e replanejamento do projeto (73%), com base em uma avaliação processual, pautada na ação-reflexão-ação (60%), bem como, criar uma ambiência que propicia, aos alunos, desenvolver a autonomia, o - V - desejo e o sonho (81%), entre outras. Ao articular essas informações com os depoimentos dos professores nas entrevistas, evidencia-se como resultados que o projeto A Cidade que a gente quer, de um lado, possibilitou e/ou tem possibilitado aos professores envolvidos vivenciar uma prática pedagógica diferenciada do trabalho com projetos e, de outro lado, há a necessidade de se retomar a formação continuada dos professores visando: à apropriação adequada da metodologia proposta; à explicitação de teorias que ajudem a compreender a prática com projetos e o desenvolvimento do domínio dos recursos tecnológicos disponíveis em cada unidade escolar

ASSUNTO(S)

educacao continuada technology in the school educacao tecnologia educacional inovacoes educacionais continued education trabalho com projetos formação continuada tecnologia na escola mediação pedagógica work with projects pedagogical mediation a cidade que a gente quer

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