O conhecimento de aspectos morfossintÃticos da ortografia do portuguÃs em adolescentes e adultos escolarizados
AUTOR(ES)
Aguardando Psicologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
A proposta desse estudo foi avaliar o desempenho ortogrÃfico e o conhecimento de aspectos morfossintÃticos da ortografia do portuguÃs, mais especificamente dos processos de formaÃÃo de palavras por derivaÃÃo sufixal e pela consideraÃÃo de radicais, em uma amostra composta por 224 participantes, todos adolescentes e adultos, distribuÃdos em quatro grupos, sendo um grupo formado por concluintes do ensino fundamental, um outro formado por concluintes do ensino mÃdio e dois grupos formados por estudantes universitÃrios. Todos os participantes realizaram quatro tarefas: ditado de palavras, ditado de pseudopalavras, julgamento de grafias e uma tarefa de consciÃncia morfossintÃtica. Nestas Ãltimas, os sujeitos apresentaram justificativas para explicitarem suas respostas. Foram utilizados na composiÃÃo das tarefas dez morfemas gramaticais e dez morfemas lexicais, todos apresentando situaÃÃes de concorrÃncia na representaÃÃo fonolÃgica do /s/ e /z/, que poderiam ser resolvidas pela consideraÃÃo das pistas morfossintÃticas. A ordem de apresentaÃÃo das tarefas foi randomizada entre os grupos, como medida de controle para possÃveis efeitos de treinamento ou memorizaÃÃo. Uma etapa preliminar na anÃlise dos resultados mostrou que a ordem de apresentaÃÃo nÃo chegou a influenciar os resultados. Os resultados mostraram diferenÃas importantes entre as regras ou princÃpios geradores investigados, as quais sugerem que estas regras ou princÃpios nÃo sÃo apreendidos do mesmo modo. Evidenciou-se, na maioria das regras investigadas, a nÃo utilizaÃÃo gerativa dos princÃpios morfossintÃticos envolvidos na grafia das palavras e pseudopalavras, o que à indicativo da influÃncia do conhecimento prÃvio ou da memorizaÃÃo das palavras sobre os desempenhos. Foi observada uma evoluÃÃo na conduta ortogrÃfica no perÃodo escolar compreendido entre o final do ensino fundamental e o ensino mÃdio. Esta evoluÃÃo tambÃm foi observada nas tarefas de julgamento e consciÃncia morfossintÃtica, quando as justificativas explÃcitas foram consideradas. Foi encontrado um efeito preditor das tarefas que avaliaram o conhecimento explÃcito sobre o desempenho ortogrÃfico na escrita de palavras e pseudopalavras, controlando-se o efeito da idade dos participantes. Estes resultados contribuem para o entendimento da apropriaÃÃo ortogrÃfica em uma faixa etÃria pouco estudada pelas investigaÃÃes jà conduzidas atà o momento, corroborando os resultados de estudos que propÃem a inexistÃncia uma seqÃÃncia de apropriaÃÃo linear na utilizaÃÃo das regularidades de contexto morfossintÃtico e com os que indicam uma estreita conexÃo entre a habilidade de refletir, de maneira explÃcita e verbal, sobre os aspectos morfossintÃticos e a apropriaÃÃo de princÃpios ortogrÃficos de natureza morfossintÃtica.
ASSUNTO(S)
linguistic linguÃstica psicologia cognitiva psicologia cognitiva cognitive psicology education educaÃÃo
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