NÃO HÁ LUGAR PARA A AGRICULTURA FAMILIAR NAS POLÍTICAS TERRITORIAIS ACOLHIDAS PARA OS SERTÕES DE CANINDÉ
AUTOR(ES)
Paulo Valdenor Silva de Queiroz
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Analisar a implementação das políticas territoriais do Ministério do Desenvolvimento Agrário no chamado Território dos Sertões de Canindé, composto por seis municípios. O principal objetivo consistiu em analisar o modo por meio do qual os ideais do suposto desenvolvimento territorial sustentável são criados no recorte em foco. Para isto procurou-se levantar o modo como os gestores do Ministério do Desenvolvimento Agrário e os trabalhadores rurais dos Sertões de Canindé se apropriam dessas categorias (desenvolvimento e sustentabilidade) com base em sua leitura de mundo. Com apoio no materialismo histórico-dialético como ferramenta metodológica para alicerçar as ideias e argumentos, buscou-se produzir uma análise interpretativa do espaço selecionado. Daí, seguindo este método, optou-se por expor o objeto real estudado (os Sertões de Canindé), descrevendo e analisando as relações políticas e de poder conformadora deste espaço. Assim, a pesquisa encontra na perspectiva marxista e no método do materialismo-histórico o instrumento capaz de projetar as percepções além das aparências, na tentativa de esclarecer quais são as perspectivas territorializantes presentes nos Sertões de Canindé. Diante das argumentações desenvolvimentistas para a agricultura familiar, tentou-se traçar as origens das políticas implantadas nos Sertões de Canindé e suas relações com políticas anteriores implantadas no campo brasileiro, ressaltando os ideais mecanicistas e economicistas destas políticas como ferramentas de expropriação e espoliação do trabalhador camponês, ampliando ainda mais as relações capitalistas sobre o campo em detrimento de outras relações.
ASSUNTO(S)
território geografia geografia geography territory public policies políticas públicas
ACESSO AO ARTIGO
http://www.uece.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=267Documentos Relacionados
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