Inibição do desenvolvimento de carnes PSE (pale, soft, exudative) e de Salmonella spp em frangos de corte pelo uso de probióticos, prebióticos e simbióticos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/04/2010

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da ração para frangos contendo probiótico, prebiótico e simbiótico sobre o índice zootécnico e o desenvolvimento das carnes PSE e a influência destes produtos na incidência de salmonelas em frangos. Um total de 1.500 frangos Cobb foram distribuídos inteiramente ao acaso em 5 tratamentos, com 6 repetições e cada repetição constituída de 50 aves: 1) Tratamento Probiótico contendo Bacillus subtilis, (30g/ton); 2) Prebiótico contendo mananoligossacarideo, (2kg/ton), Simbiótico contendo Saccharomyces cerevisiae, Lactobacillus acidophillus, Lactobacillus casei, Bifidobacterium bifidum, mananoligossacarídeo e frutoligossacarídeo ( 3kg/ton na fase inicial, 2kg/ton na fase de crescimento, e 1kg/ton na fase de acabamento; 3) Promotor de crescimento, Avilamicina (10ppm) e finalmente tratamento controle, constituido de ração básica sem adição de aditivos. Foram avaliados os parâmetros zootécnicos: pesos das aves de 1- 21 dias e 1-42 dias, ganho de peso diário (GPD), conversão alimentar (CA), consumo de ração (CR), vabilidade (V), indice de eficiência produtiva (IEP) e rendimento de carcaças e cortes (RCC). Amostras foram coletadas para determinação de carnes PSE. Para isso foram feitas as seguintes análises: pH, cor (L*,a*,b*), capacidade de retenção de água (CRA), perda por cozimento, oxidação lipídica e textura. Todas as medidas foram realizadas 24 horas post mortem, exceto oxidação lipídica que foi realizada aos 90 dias após abate. Carnes PSE foram assim classificadas medindo o valor L* ≥ 53 e pH <5,9, normais entre L* 44 5,9 e L* ≤ 44. Os resultados zootécnicos e qualidade de carne foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância para comparação de médias. Um método foi desenvolvido durante o transcorrer dos trabalhos e denominado multiplex-polymerase chain reaction m-PCR com a finalidade de se detectar Salmonella spp e também Salmonella Enteritidis e assim avaliar a eficiência dos bióticos no controle dessas bactérias. Os resultados indicaram que os valores de GPD, CR, e V, IEP e RCC não foram significativos (p<0,05) enquanto que para a qualidade da carne houve uma significante inibição da formação das carnes PSE. O grupo controle apresentou-se com 83% de PSE, avilamicina com 33%, prebiótico com 33%, simbiótico com 50%, e finalmente, o grupo probiótico com 25,0% de carnes PSE. A oxidação lipídica medida como TBARS e a textura avaliada pelo Texturometro TA-XT2i, foram menores e mais amaciadas respectivamente, em amostras das aves tratadas com os bióticos (p<0,05). Estes produtos atuaram preventivamente na formação de carnes PSE e também na ocorrência de Salmonellas spp em aves. Não foi detectada a sua presença no primeiro dia de alojamento. No entanto, ao décimo dia houve uma contaminação das aves através do ambiente (média de 44% das amostras positivas para Salmonella spp). No vigésimo dia, foi observado que os tratamentos com probióticos e simbióticos atuaram de forma similar ao tratamento contendo avilamicina no controle deste patógeno, e apenas 16% das amostras de fezes coletadas apresentavam positividade para Salmonella spp, conferindo aos 2 aditivos orgânicos, o mesmo efeito quando tratado apenas com avilamicina. Finalmente, os resultados mostraram que os bióticos na dieta podem ser indicados para substituir os promotores de crescimento devido a sua similaridade de resultados em relação aos índices zootécnicos, na prevenção parcial da formação das carnes PSE e principalmente na proteção dos frangos à Salmonella Enteritidis.

ASSUNTO(S)

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