InfluÃncia do treinamento fÃsico sobre o metabolismo Ãsseo em camundongos ovariectomizados

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

AlteraÃÃes endÃcrinas decorrentes da falÃncia ovariana estÃo relacionadas a um desequilÃbrio entre formaÃÃo e reabsorÃÃo Ãssea, que caracterizam a osteoporose, doenÃa Ãssea que afeta principalmente mulheres no perÃodo pÃs-menopausa. O objetivo deste estudo à verificar os efeitos do treinamento fÃsico sobre o metabolismo Ãsseo em camundongos fÃmeas submetidas a ovariectomia e avaliar as possÃveis alteraÃÃes endÃcrinas e morfolÃgicas. Foram utilizados 50 camundongos fÃmeas, com 90 dias de idade, divididos em 5 grupos (n=10): controle, pseudo-operado sedentÃrio (POS), pseudo-operado treinado (POT), ovariectomizado sedentÃrio (OVS) e ovariectomizado treinado (OVT). Inicialmente, os grupos OVS e OVT foram submetidos a ovariectomia, e os grupo POS e OVS a uma pseudo-cirurgia. Os grupos POT e OVT foram submetidos ao exercÃcio fÃsico, apÃs 30 dias de cirurgia, durante 5 semanas em esteira elÃtrica a uma velocidade de 20 m/min., os demais animais permaneceram sedentÃrios no mesmo perÃodo. A massa corpÃrea dos animais era verificada duas vezes por semana. Em seguida, os animais foram sacrificados, coletando-se o sangue por punÃÃo cardÃaca para realizaÃÃo de dosagens das concentraÃÃes sÃricas do hormÃnio estradiol, cÃlcio e fosfatase alcalina, e os fÃmures direitos foram coletados, pesados, medidos e processados histologicamente, realizando-se anÃlise histomorfomÃtrica da regiÃo cortical proximal para avaliaÃÃo da densidade, Ãrea e perÃmetro de osteÃcitos e verificaÃÃo da morfologia do tecido Ãsseo. Os resultados mostram que o grupo controle apresentou ganho de massa corpÃrea de 12,53%, o grupo POS, 15,39%, o grupo POT, 12,18% e o grupo OVS, 23,27% (p<0,05). A concentraÃÃo sÃrica de estradiol esteve 11,35% menor no grupo OVT em relaÃÃo ao grupo controle e 9,79% inferior ao grupo OVS (p<0,05). A concentraÃÃo sÃrica de cÃlcio apresentou-se mais baixa no grupo OVT (5,6Â1,06 mg/dL), 36% inferior ao grupo controle, 24,32% em relaÃÃo ao grupo OVS e cerca de 30% em relaÃÃo aos grupos POS e POT (p<0,05). A concentraÃÃo sÃrica de fosfatase alcalina esteve mais alta nos grupos treinados, OVT (43,19Â9,88U/L) e POT (35,93Â10,38U/L), em relaÃÃo aos demais grupos, verificando-se um aumento de 48,81% entre os grupos OVT e controle (p<0,05). No grupo OVT o aumento foi de 52,53% quando comparado ao OVS e no grupo POT 46,14% superior ao POS (p<0,05). A massa dos fÃmures do grupo POT foi 8,15% superior em relaÃÃo ao grupo controle, semelhante ao grupo OVT (70,28Â3,81mg), no qual o aumento foi de 8,81% (p<0,05). No comprimento Ãsseo nÃo houve diferenÃas estatisticamente significantes. A densidade mÃdia de osteÃcitos esteve mais alta no grupo OVS (18,10Â1,78), estatisticamente significante em relaÃÃo ao grupo controle (12,87Â1,9) (p<0,05). A Ãrea mÃdia dos osteÃcitos esteve similar nos grupos controle, POT e OVT, havendo diferenÃa estatisticamente significativa apenas entre os grupos POS (15,77Â1,84μm2) e OVS (12,98Â1,31μm2) (p<0,05). NÃo foram verificadas diferenÃas estatisticamente significativas no perÃmetro dos osteÃcitos. Morfologicamente, observou-se que os animais do grupo OVT em relaÃÃo ao grupo OVS apresentaram lacunas osteocitÃrias de contorno mais regular e presenÃa de linhas cementantes mais evidentes na matriz Ãssea. Com estes resultados conclui â se que o treinamento fÃsico em animais ovariectomizados foi capaz de aumentar a atividade metabÃlica Ãssea, alterando as concentraÃÃes sÃricas de cÃlcio, fosfatase alcalina e estradiol, alÃm de modificar o padrÃo morfolÃgico do tecido Ãsseo, sendo o exercÃcio fÃsico importante na prevenÃÃo e tratamento da osteoporose

ASSUNTO(S)

biofisica teinamento fÃsico camundongos ovariectomizados metabolismo Ãsseo

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