“Eu não sou presa de juízo, não”: Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil
AUTOR(ES)
Diniz, Debora, Brito, Luciana
FONTE
Hist. cienc. saude-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-03
RESUMO
Resumo Abandonada há 38 anos no manicômio judiciário de Alagoas, Josefa da Silva é a mulher mais antiga sobrevivente do regime penal-psiquiátrico no Brasil. Dossiê, processo judicial, entrevistas e fotografias compõem o corpusde análise deste ensaio. O laudo psiquiátrico é a peça-chave para o dobramento médico-penal na loucura criminosa. Doze laudos psiquiátricos ilustram as três metamorfoses do arquivo judiciário: anormalidade, perigo e abandono. A autoridade psiquiátrica sobre a clausura movimentou-se da disciplina para a segurança, e da segurança disciplinar para a asilar-assistencial. No arranjo entre os poderes penal e psiquiátrico, o juiz reconhece a autoridade médica para a verdade da loucura. É a medicina das razões sobre a clausura de Zefinha que se altera nas décadas de produção do arquivo.
ASSUNTO(S)
crime loucura manicômio judiciário antropologia da loucura
Documentos Relacionados
- "Eu não preciso falar que eu sou branca, cara, eu sou Latina!" Ou a complexidade da identificação racial na ideologia de ativistas jovens (não)brancas
- "Eu não sou pedra para sempre" : cosmopolítica e espaço kaingang no sul do Brasil meridional
- “Eu não sou um anjo azul”: a sexualidade na perspectiva de adolescentes autistas
- "Eu não sou professor, não" : a presença do professor na cidade de Cláudia entre 1978 e 1988
- “Eu sou Barbie e sou bruta”: o empoderamento no ciclismo