Categorias metacognitivas como subsídio à prática pedagógica

AUTOR(ES)
FONTE

Educação e Pesquisa

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/10/2011

RESUMO

O objetivo deste artigo é apresentar as categorias metacognitivas presentes na maneira de cada criança planejar, supervisionar e avaliar suas tarefas escolares, bem como relacioná-las à prática pedagógica. O trabalho reflete uma preocupação empírica com a metacognição, e os dados dela derivados são analisados à luz, principalmente, dos trabalhos de John Flavell (1981, 1999), Juan Mayor, Aurora Suengas e Javier Marques (1995) e Evelise Portilho (2003, 2009). A pesquisa de abordagem qualitativa consistiu na análise das respostas de 396 crianças da 1ª série do ensino fundamental de uma rede municipal de ensino do Estado do Paraná. O instrumento utilizado foi uma entrevista semiestruturada com as crianças, contendo dez perguntas metacognitivas referentes à estratégia de controle. Os resultados indicaram que as crianças em processo de alfabetização geralmente utilizam estratégias metacognitivas e planejam suas tarefas, ou seja, fixam as metas e os meios, ora de forma parcial (fragmentando a tarefa realizada), ora de forma automatizada (ordenando a tarefa). Elas também se supervisionam, detectam os erros e/ou desvios cometidos, por meio de referencial externo (na fala, ação, correção ou ordem do outro), e justificam, ou não, suas ações. Elas avaliam seus resultados e focam as facilidades e dificuldades na identificação de palavras ou letras. A aprendizagem das estratégias metacognitivas solicita que o professor não apenas disponha de tarefas adequadas, mas, principalmente, adote atitudes estratégicas em relação a seu trabalho para que os alunos aprendam com elas, pois eles não chegam às escolas preparados para aprender exatamente da mesma maneira.

ASSUNTO(S)

metacognição estratégias aprendizagem categorização prática pedagógica

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