Avaliação do uso do extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. na cicatrização de feridas cutâneas em ratos
AUTOR(ES)
Santos, Manoel Francisco da Silva, Czeczko, Nicolau Gregori, Nassif, Paulo Afonso Nunes, Ribas-Filho, Jurandir Marcondes, Alencar, Bruno Leonardi Freire de, Malafaia, Osvaldo, Ribas, Carmen Australia Paredes Marcondes, Trautwein, Vagner Marcolin, Henriques, Gilberto Simeone, Maia, José Maria Ayres, Bittencourt, Ruy Carlos de Araújo
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
INTRODUÇÃO: O uso de fitoterápicos na cicatrização de feridas cirúrgicas tem sido incrementado nos últimos anos com a busca de princípios ativos que desempenhe efetivo papel neste processo acelerando a recuperação cirúrgica. OBJETIVO: Avaliar os aspectos morfológicos do processo cicatricial de feridas cutâneas abertas de ratos com uso do extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. MÉTODOS: Utilizaram-se 60 ratos da linhagem Wistar. Em cada animal foi realizada uma ferida de 2 cm de diâmetro na região dorsal. Os animais foram distribuídos em dois grupos de 30: grupo Controle - sem tratamento e grupo Jatropha - aplicação de extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. Cada grupo foi subdividido em três subgrupos de 10 animais e avaliados no 7º, 14º e 21º dias do pós-operatório. Realizou-se estudo comparativo entre os dois grupos através da análise macroscópica, a planigrafia digital e análise histológica tendo como parâmetro a proliferação vascular, polimorfonucleares, mononucleares, proliferação fibroblástica, colagenização e reepitelização. RESULTADOS: Na evolução da ferida cutânea tanto no grupo controle como no grupo Jatropha houve exsudação plasmática com formação de crostas superficiais até o 7º dia. A partir dai houve espessamento da crosta e no 14º dia a crosta se destacou, evoluindo para tecido de granulação e epitelização completa no 21º dia com surgimento de novos pelos ao redor da lesão, em todos os animais. Houve ausência significativa da inflamação aguda no 21º dia pós-operatório do grupo Jatropha. Houve diferença significativa na intensidade da inflamação crônica, sendo mais intensa no 7º dia no grupo controle. A proliferação fibroblástica foi mais acentuada no 7º dia pós-operatório do grupo Jatropha, sendo semelhante no 14º e 21º dias pós-operatórios nos demais. A colagenização foi maior no 7º e 14º dias no grupo Jatropha. A re-epitelização foi significativamente melhor no 7º dia do grupo Jatropha. CONCLUSÃO: Embora mostrando melhora histológica com o uso da Jatropha, não ocorreu diferença significativa entre os grupos nas variáveis analisadas, na cicatrização das feridas cutânea de ratos ao término da avaliação.
ASSUNTO(S)
fitoterapia cicatrização de feridas ratos jatropha
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