Ação do extrato de Jatropha gossypiifolia L. (pião roxo) na cicatrização de anastomose colônica: estudo experimental em ratos
AUTOR(ES)
Servin, Santiago Cirilo Nogueira, Torres, Orlando Jorge Martins, Matias, Jorge Eduardo F., Agulham, Miguel Ângelo, Carvalho, Fábio Augusto de, Lemos, Ricardo, Soares, Emerson Wander Silva, Soltoski, Paulo Roberto, Freitas, Alexandre Coutinho Teixeira de
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
INTRODUÇÃO: A fitoterapia vem despertando crescente interesse na comunidade científica em relação às suas potenciais propriedades cicatriciais. Poucos são os estudos com metodologia científica existentes na literatura, constituindo-se assim um campo aberto para novas investigações. OBJETIVOS: Analisar a ação da Jatropha gossypiifolia L. (pião roxo) na cicatrização de anastomose colônica em ratos. MÉTODOS: Quarenta ratos Wistar foram submetidos à secção de toda a circunferência do cólon, sendo logo anastomosada com oito pontos separados usando fio monofilamentar de polipropileno 6-0. Aleatoriamente, os animais foram distribuídos em grupo controle (GC), contendo 20 ratos, nos quais foi administrada solução de cloreto de sódio a 0,9% por via intraperitoneal (1ml/kg) e grupo Jatropha (GJ), também com 20 nos quais foi administrado o extrato hidroalcoólico de Jatropha gossypiifolia L. por via intraperitoneal (1ml/kg). Cada um dos grupos foi subdividido em dois subgrupos de dez animais de acordo com a data de sacrifício, três e sete dias (GC3/ GC7 e GJ3/GJ7). Após o sacrifício foi retirada parte do cólon compreendendo 1 cm acima e abaixo da anastomose e submetido ao teste de resistência à insuflação de ar atmosférico. A seguir, foi aberta e retirada uma porção de 1,0 x 0,5cm de tamanho colocada em formol a 10% para análise histológica, na qual foram usadas a coloração de Hematoxilina-Eosina e o Tricrômico de Masson. RESULTADOS: Na avaliação do teste de pressão de ruptura entre os grupos houve significância estatística quando avaliados em relação à data de sacrifício Assim no terceiro dia a média no GC (25,4 mmHg.) e no GJ (76,4 mmHg.) estabeleceu p = 0.013, e no sétimo dia a média no GC (187,3 mmHg.) e no GJ (135,1 mmHg.) estabeleceu p = 0.014. Ao analisar as variáveis microscópicas entre os grupos no 3º dia, somente não houve diferença significativa nas variáveis edema e polimorfonucleares. Já no 7º dia todas as variáveis analisadas apresentaram diferença significativa. CONCLUSÕES: Na resistência mecânica pôde-se concluir que houve influência positiva da jatropha na aquisição de força na anastomose no terceiro dia. Entretanto, no sétimo dia o GC suplantou siginificativamente a pressão de ruptura obtida no GJ, sugerindo diminuição da ação da Jatropha em fase mais avançada da cicatrização. Na avaliação histológica pôde-se verificar avanço no processo inflamatório agudo no GJ3 em relação ao GC3, mantendo-se ainda mais intenso na fase crônica quando comparados os dois grupos no sétimo dia.
ASSUNTO(S)
cicatrização de feridas plantas medicinais jatropha gossypiifolia l. anastomose cirúrgica ratos
Documentos Relacionados
- Estudo comparativo da cicatrização de gastrorrafias com e sem o uso do extrato de Jatropha gossypiifolia L. (pião roxo) em ratos
- Avaliação do uso do extrato bruto de Jatropha gossypiifolia L. na cicatrização de feridas cutâneas em ratos
- Uso de 2-octil cianoacrilato em anastomose colônica: estudo experimental em ratos wistar
- Estudo toxicológico agudo do extrato etanólico de partes aéreas de Jatropha gossypiifolia L. em ratos
- Extrato de Passiflora edulis na cicatrização de anastomose colônica em ratos: estudo morfológico e tensiométrico