Avaliação da qualidade biofarmacêutica da ampicilina sob as formas de suspensão e cápsulas: ensaios in vitro e in vivo (bioequivalência) / Biopharmaceutical evaluation of ampicillin in capsules and suspensions: "in vitro" and "in vivo" studies (bioequivalence)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

A avaliação biofarmacêutica de formas farmacêuticas contendo ampicilina foi realizada em dois lotes de cápsulas e dois de suspensão oral. O estudo da bioequivalência seguiu delineamento experimental cruzado, com dois períodos, empregando 16 voluntários de ambos os sexos (7 homens e 9 mulheres), com idades entre 21 e 26 anos (média de 23 anos) e peso entre 48 e 105 Kg (média de 68,2 Kg), dentro do intervalo de 10 % do peso ideal. Exames clínicos e laboratoriais foram realizados para selecionar os voluntários, sendo excluídos aqueles que apresentaram alguma alteração nos parâmetros clínicos normais ou com histório de reação alérgica às penicilinas e, ainda, os indivíduos que estivessem fazendo uso de medicamentos a menos de uma semana da realização do estudo. O protocolo experimental foi aprovado previamente pela Comissão de Ética do Hospital Universitário (HUUSP). Os ensaios de bioequivalência foram efetuados em períodos distintos para cada forma farmacêutica, com uma semana de intervalo. No dia dos testes e após jejum de 12 horas, os voluntários foram divididos em dois grupos com igual número de indivíduos, sendo que, a cada grupo foi administrada dose única de 500 mg de ampicilina de lotes diferentes. Após período de wash out de 48 horas, a administração dos produtos aos grupos foi invertida para que todos os indivíduos recebessem ambos os produtos. A determinação quantitativa da ampicilina foi realizada em amostras de urina coletadas num período de doze horas, aplicando o método espectrofotométrico, com leituras a 320 nrn, após reação a 70° C em solução tampão fosfato/sulfato de cobre por 30 minutos. Os parâmetros farmacocinéticos calculados foram: quantidade acumulada de ampicilina na urina (Xuacumul), velocidade máxima de excreção urinária (Vmáx), tempo no qual essa velocidade foi atingida (tmáx), constantes de velocidade de eliminação (K) e de excreção urinária (ku)e a meia-vida de eliminação (t1/2). A recuperação de ampicilina inalterada na urina variou de 54,5 a 58,9 % e de 54,6 a 57,8 % das doses administradas para cápsulas e suspensão, respectivamente; a meia-vida média calculada foi de 1,9 h para cápsulas e de 1,7 h para suspensão. Os intervalos de confiança (α= 0,10) calculados para a razão das médias das quantidades acumuladas de ampicilina estão contidos no limite de 80 a120 %. A análise estatística dos resultados aplicando métodos paramétrico (ANOVA) e não paramétrico (Mann-Whitney), conforme as normas preconizadas pelo FDA, comprovou que não há diferenças significativas (nível de significância de 90 %) entre os produtos A e B quanto aos parâmetros estudados.

ASSUNTO(S)

pharmaceutical bioequivalência ampicilina ampicilin bioequivalence medicamento

Documentos Relacionados