Atividade de polifenoloxidase após vibração e impacto em pêssego douradão / Polyphenoloxidase activity after vibration and impact in Douradão peach

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Estima-se que as perdas pós-colheita de frutas e hortaliças variam de 15 a 40% em relação ao total da produção brasileira. Uma das etapas em que ocorrem tais perdas é o transporte, envolvendo o meio de transporte, condições das rodovias brasileiras e embalagens, dentre outros fatores. Dentre as principais dificuldades encontradas no acondicionamento de frutas e hortaliças, destacam-se os parâmetros do ensaio de vibração, utilizado como ferramenta no desenvolvimento de embalagens, e a forma de avaliação do desempenho físico-mecânico do conjunto produto-embalagem. Os parâmetros de vibração sugeridos em normas de ensaio como ABNT e ASTM não se aplicam à realidade de frutas e hortaliças, sendo excessivamente severos a tais produtos. Além disso, grande parte dos estudos nessa área é baseada em avaliações visuais de danos mecânicos e índices fisiológicos tradicionais, apresentando assim resultados pobres quanto ao conhecimento das reais alterações ocasionadas no produto. Assim, o presente trabalho teve por objetivo estudar as respostas bioquímicas do tecido vegetal em função de solicitações mecânicas por vibração e impacto, estabelecendo-se a seguinte hipótese: As alterações bioquímicas no tecido vegetal dependem dos níveis dos esforços vibracionais e por impacto. Amostras de pêssego Douradão foram submetidas aos dois tipos de solicitação mecânica, em dois níveis de severidade para cada tipo, e avaliadas quanto à polifenoloxidase (PPO), cuja atividade está correlacionada ao nível de danos no tecido. Além dos tipos de solicitação mecânica, fez-se também a variação do tempo póscolheita (4 épocas) e do tempo de repouso após a solicitação mecânica (3 períodos). A atividade de PPO foi determinada para cada pêssego pela variação de atividade na região danificada em relação à atividade na região sem dano. A metodologia utilizada para a determinação da atividade de polifenoloxidase consistiu na extração da enzima e avaliação de sua atividade por espectrofotometria. O trabalho foi dividido em duas etapas, sendo a primeira composta por ensaios exploratórios, para definição dos parâmetros dos ensaios utilizados para aplicação dos danos nas frutas e adequação da metodologia, e a segunda, pelos ensaios finais. Com base nos ensaios exploratórios, fez-se a adequação da metodologia de PPO e a definição dos parâmetros de vibração e impacto. Os resultados dos ensaios finais mostraram a ocorrência de variações na atividade da polifenoloxidase em função das solicitações mecânicas aplicadas aos frutos. Porém, para vibração, considerando-se os mesmos tempos pós-colheita e tempos de repouso, 2 de 12 tratamentos confirmaram a hipótese; para impacto, isso ocorreu em 5 dos 12 tratamentos. Além disso, em 40% dos tratamentos, a atividade média de PFO foi maior nos corpos-de-prova sem danos. Assim, não foi possível o estabelecimento de uma correlação entre a atividade de PPO e os diferentes níveis das solicitações para a metodologia utilizada

ASSUNTO(S)

polifenoloxidase vibração impacto danos pêssego - fisiologia pós-colheita polyphenoloxidase vibration impact damage peach

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