Qualidade pos-colheita de pessego Douradão sob atmosfera controlada e modificada / Postharvest quality of Douradão peach under controlled and modified atmosphere
AUTOR(ES)
Ligia Regina Radomille de Santana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
O principal problema com pêssegos Douradão é a lanosidade, quando armazenados em baixas temperaturas por longos períodos, cujos sintomas são polpa seca e farinácea, ausência de sucosidade, perda de sabor e firmeza, acompanhada por escurecimento interno. Os objetivos deste trabalho foram aumentar o período de conservação dos pêssegos Douradão estocados em baixas temperaturas e controlar os danos causados pelo frio, através do uso de atmosfera controlada (AC) e de atmosfera modificada (AM). Dois experimentos em AC (safras 2006 e 2007) foram realizados, nos quais os frutos foram colocados em mini-câmaras e as concentrações de CO2 e O2 foram mantidas constantes em seus interiores por sistema de injeção das misturas gasosas em fluxo contínuo, provenientes de cilindros de alta pressão. As condições de AC adotadas foram: AC1 (3,0% CO2 e 1,5% O2); AC2 (5,0% CO2 e 1,5% O2); AC3 (10,0% CO2 e 1,5% O2) balanceadas com N2 e AR (testemunha, 0,03% CO2 e 20,9% O2). No experimento de AM (safra 2007), os frutos foram acondicionados em bandejas plásticas alveolares de polipropileno, colocadas no interior de embalagens de polietileno de baixa densidade (PEBD) e seladas com a modificação ativa da atmosfera interna (10% CO2 e 1,5% O2, balanço N2). Os tratamentos adotados foram: AM30 (filme PEBD de 30 µm de espessura); AM50 (filme PEBD de 50 µm); AM60 (filme PEBD de 60 µm); AM75 (filme PEBD de 75 µm); os frutos testemunha foram mantidos em bandejas sem embalagens plásticas. Nos três experimentos, o armazenamento refrigerado dos pêssegos foi realizado em câmara a 1 ± 1 ºC e 90 ± 5% UR. Após 14, 21 e 28 dias de frigoconservação, os frutos foram removidos desta câmara e transferidos para ar ambiente a 25 ± 1 °C e 90 ± 5% UR, para completar o amadurecimento. Análises físicas, químicas, físico-químicas e sensoriais foram realizadas na remoção (dia zero) e aos 2, 4 e 6 dias, sendo que no experimento de AM foram retiradas as embalagens plásticas. Os resultados dos experimentos em AC mostraram que a atmosfera de 5,0% CO2 e 1,5% O2 foi a mais adequada para conservação de pêssegos Douradão por 28 dias a 1 ºC, pois reduziu a manifestação de lanosidade, estabeleceu adequada suculência e firmeza da polpa, houve insignificante ocorrência de podridão e osfrutos obtiveram as melhores notas na avaliação sensorial. Os resultados do experimento de AM mostraram que o uso das embalagens plásticas diminuiu as perdas de massa do produto. As atmosferas de 3-6% de CO2 e 1-2% de O2, obtidas com filme de PEBD nas espessuras de 50 e 60 µm, foram benéficas para manutenção da boa qualidade dos pêssegos Douradão por 28 dias de frigoconservação, os frutos maduros apresentaram reduzida manifestação de lanosidade, adequada suculência e firmeza da polpa, insignificante ocorrência de podridão e receberam as melhores notas para vários atributos sensoriais. Os frutos refrigerados em ar (testemunha nos experimentos de AC e AM) não apresentaram suculência e firmeza adequadas e desenvolveram alto índice de lanosidade, aos 14 dias de armazenamento refrigerado estavam impróprios ao consumo
ASSUNTO(S)
pessego resfriamento embalagens atmospheric control cooling controle atmosferico prunus persica packaging
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000439250Documentos Relacionados
- Efeito da atmosfera controlada na qualidade pós-colheita de pêssegos 'Douradão'
- Conservação pós-colheita de melão charentais tratado com 1-mcp e armazenado sob refrigeração e atmosfera modificada
- Qualidade pós-colheita de nêsperas submetidas ao armazenamento sob baixa temperatura e atmosfera modificada
- Conservação pós-colheita de goiaba Paluma sob atmosfera modificada e refrigeração.
- Armazenamento de pitangas sob atmosfera modificada e refrigeração: II - qualidade e conservação pós-colheita