Ãndios e identidades: formas de inserÃÃo e sobrevivÃncia da sociedade colonial (1535 - 1716)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

No contato com o colonizador, a flexibilidade dos grupos indÃgenas Tupi, na capitania de Pernambuco no esquema de alianÃas e disputas tornou-se, no perÃodo colonial, um sintoma que traduziu a capacidade destes de se adaptar ao contato e criar formas de se relacionar, e ainda sobreviver na nova sociedade. Os aldeamentos foram aqui entendidos como um veÃculo estratÃgico de controle dos grupos indÃgenas, e como produto da dinÃmica dessa instituiÃÃo, emergiu a figura do âÃndio aldeado/aliadoâ, como um sÃdito do rei. Entretanto, a utilizaÃÃo da condiÃÃo de aldeado proporcionava tambÃm a estas comunidades indÃgenas um espaÃo de sobrevivÃncia, interagindo com a estrutura social colonial, principalmente, para a sua elite. E em um jogo de assimilaÃÃo e dependÃncia, lideranÃas Tupi das etnias Tabajara e Potiguar, legitimadas pela Coroa, tornaram-se personagens das tramas de poder e controle dos Ãndios aldeados na Capitania. Barganhando mercÃs e lutando pela afirmaÃÃo de uma elite indÃgena em Pernambuco, Arcoverdes e CamarÃes somados aos colonos, missionÃrios e a Coroa, construÃram as manobras de comando, manutenÃÃo e utilizaÃÃo dos indÃgenas subordinados, que compunham as aldeias ou o terÃo de Ãndios. Valendo-se da estrutura colonial, grupos e indivÃduos indÃgenas em condiÃÃo de aliado/aldeado, se instrumentalizaram para poder ser sobrevivente na nova (des) ordem estabelecida

ASSUNTO(S)

historia do brasil colonia aldeados no litoral tupis em pernambuco etnicidade elite indÃgena

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