Utilização de fitoterápicos por idosos: resultados de um inquérito domiciliar em Belo Horizonte (MG), Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Farmacognosia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

Os fitoterápicos constituem uma modalidade de terapia complementar ou alternativa diante das necessidades de saúde e seu uso tem sido crescente na população idosa de diversos países. Entretanto, apresentam interações medicamentosas e reações adversas importantes e sua utilização não deve ser indiscriminada. Este estudo objetivou caracterizar o perfil de utilização de fitoterápicos por aposentados e pensionistas do INSS, com 60 anos e mais, residentes em Belo Horizonte, MG. A partir do cadastro do INSS, selecionou-se uma amostra aleatória de 881 idosos para entrevista. Investigou-se a prevalência de uso de fitoterápicos e interações medicamentosas potenciais. Um total de 667 (80,3%) dos selecionados foi entrevistado. Setenta e um participantes (10,6%) utilizaram fitoterápicos nos últimos 15 dias, principalmente aqueles preparados a partir de extratos de ginkgo (41,8%), aesculus (12,3%) e isoflavonas de soja (8,2%). Mais de 60% dos fitoterápicos foram adquiridos em farmácias de manipulação. Aproximadamente 45% dos usuários de fitoterápicos estavam expostos a pelo menos uma interação medicamentosa potencial entre eles e medicamentos sintéticos, tais como entre ginkgo e diuréticos tiazídicos (14) e antiagregante plaquetário/anticoagulantes (8). São necessárias estratégias de orientação para o uso racional de fitoterápicos entre idosos, mais vulneráveis aos prejuízos decorrentes da utilização inadequada desses.

ASSUNTO(S)

idosos fitoterápicos utilização de medicamentos interações medicamentosas

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