Uso de misoprostol na rotina para terminar gestações com feto morto
AUTOR(ES)
Nascimento, Maria Isabel do, Cunha, Alfredo de Almeida, Oliveira, Sandra Regina dos Santos Muri, Nunes, Glaucimara Gonzaga, Alvarez, Felipe Silva, Villas Bôas, Eduardo Loyola
FONTE
Rev. Assoc. Med. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-08
RESUMO
OBJETIVO: Descrever o uso de misoprostol em gestações com óbito fetal intraútero, considerando o tipo de parto e o intervalo indução-parto. MÉTODOS: Estudo descritivo de 171 gestantes com óbito fetal intraútero, no segundo ou terceiro trimestres, submetidas à indução do parto com misoprostol vaginal ou aceleração do parto com ocitocina parenteral, de 2005 a 2008 em um hospital-escola do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. RESULTADOS: Misoprostol isolado (tratamento A), misoprostol complementado pela ocitocina (tratamento B) e ocitocina isolada (tratamento C) foram administrados em 9,3%, 19,9% e 70,8% dos casos, respectivamente. Um terço das gestações estavam com menos de 28 semanas e 2,9% delas requereram operação cesariana. O percentual de parto vaginal nos tratamentos A e B combinados (98,0%) foi similar ao tratamento C (96,7%). A média do intervalo indução-parto foi menor no tratamento A (20,15 horas; DP = 15,8 horas) comparado ao tratamento B (33,31 horas; DP = 29,6 horas) e a proporção de partos pela via vaginal ocorridos dentro de 48 horas foi de 100% (tratamento A), 96,7% (tratamento B) e 96,7% (tratamento C). A maioria dos casos (71%) tratados com misoprostol requereu uma única administração da droga e a média da dosagemtotal foi menor no tratamento A (média 98,4µg) comparado ao tratamento B (média: 157,0µg). CONCLUSÃO: Misoprostol efetivamente contribuiu para a resolução de gestações com óbito fetal intraútero, mostrando a importância de sua aplicação em casos resistentes aos métodos usuais de indução e de sua disponibilização nos serviços públicos de saúde no Brasil.
ASSUNTO(S)
misoprostol ocitocina trabalho de parto induzido parto obstétrico Óbito fetal feto morto
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