Um percurso de leitura para a lignuagem poética

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Esta dissertação está situada na área de compreensão discursiva e tem por tema a leitura da linguagem poética. Tem-se por objetivo geral, contribuir para resolver questões problemáticas relativas à leitura do poético Tem-se, por objetivos específicos: diferenciar a leitura heurística da leitura hermenêutica; realizar a reconstrução histórica de contexto de produção da linguagem poética pela intertextualidade e pela interdiscursividade; buscar a pergunta para a qual o texto é uma resposta na sua época de produção, resgatando-se, assim, o contexto ideológico, histórico e cultural do brasileiro e reconstruir o conceito de cidadania para o nordestino brasileiro. A investigação é fundamentada teoricamente em princípios da Lingüística de Texto e da Análise do Discurso que oferecem subsídios para o tratamento do processamento cognitivo das inform~ções, enquanto processo interpretativo, que propicia a compeensão discursiva. Entende-se que o poético é um uso de linguagem e que, portanto, se caracteriza pelo "como se diz": trata-se de uma agramaticalidade, relativa ao sistema da língua, que causa problemas de leitura devido a um estranhamento do leitor relativo à expressão lingüística; porém o poético tem sua própria gramaticalidade que é resolvida pelo leitor na tensão leitura heurística / leitura hennenêutica. Todavia, os conhecimentos (de língua, de mundo e de interação social) não são suficientes para a produção de inferências e a construção do contexto cognitivo enquanto cálculo de significações. Tem-se por hipótese que os intertextos e os interdiscursos propiciam uma ampliação do contexto cognitivo a partir de inferências ostensivas. Tal hipótese foi confirmada, tendo por texto-base Brejo da Cruz de Chico Buarque de Hollanda e por intertextos : Silêncio na Construção de Aníbal Machado; Morte e Vida Severina de João Cabra! de Mello Neto; Seca de Djavan; Procissão de Gilberto Gil; A Profecia de Werner Zotz; Seca no Nordeste de Fernando Portela e textos jomalísticos, na medida em que a intertextualização pela interdiscursividade permitiu, pela leitura de reconstrução histórica, resgatar a pergunta feita pelo autor, para a qual o seu texto é uma resposta. Conclui-se que é necessário dar continuidade a esta investigação selecionando textos-base de outros tipos discursivos

ASSUNTO(S)

intertextos leitura analise do discurso narrativo leitura hermeneutica interdiscursos poesia leitura heuristica lingua portuguesa

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