Um olhar arquitetônico sobre centros de atenção psicossocial infantil: o caso do CAPSi de Cuiabá
AUTOR(ES)
Juliana Demartini
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Os hospitais psiquiátricos brasileiros estão passando por uma reestruturação em seu modelo assistencial. Através desta reestruturação, que abrange tanto os métodos de tratamento/reabilitação dos pacientes, quanto a estrutura física, o governo pretende extinguir o modelo de reclusão. Com isso, os serviços oferecidos pelos hospitais psiquiátricos têm sido gradualmente substituídos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS, assim como outros modelos recentemente desenvolvidos pelo Ministério da Saúde para assistir os portadores de distúrbios mentais (como os Hospitais-dia e as Residências Terapêuticas, por exemplo), têm como objetivo o resgate da cidadania e a reinserção social dos pacientes. Por serem relativamente novas, estas instituições de assistência à saúde mental ainda não possuem normas, leis e portarias que estabeleçam de forma mais detalhada as características físicas dos ambientes utilizados. Em função disso, muitos destes centros não atendem às necessidades espaciais mínimas dos usuários, prejudicando a reabilitação dos pacientes e o trabalho dos funcionários. Dessa forma, esta pesquisa consistiu em um Estudo de Caso realizado no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) de Cuiabá - MT. O objetivo da investigação foi identificar os aspectos positivos e negativos da edificação. A metodologia utilizada para a identificação destes aspectos foi baseada em uma combinação de métodos e técnicas de registro. Os métodos utilizados foram: Análise Documental, Análise Espacial, Entrevista (Aberta e Estruturada), Observação Participativa e Jogo de Imagens e Palavras. A combinação destes métodos foi necessária em função complexidade do público envolvido na pesquisa (crianças e adolescentes com distúrbios mentais, pais/responsáveis e funcionários). A falta de trabalhos/publicações específicas sobre o tema tornou-se também um empecilho para o desenvolvimento desta pesquisa. Para superar esta carência, foi preciso buscar informações não só em trabalhos de Arquitetura e Urbanismo, mas também em outras áreas de conhecimento, como Psicologia e Psiquiatria. Por fim, esta pesquisa pretendeu, através da identificação de aspectos positivos e negativos do espaço físico de um Centro de Atenção Psicossocial Infantil, contribuir para a melhora do atendimento oferecido por estas instituições.
ASSUNTO(S)
crianças - assistência em instituições arquitetura doenças mentais arquitetura e urbanismo crianças deficientes projetos arquitetônicos - aspectos psicológicos centro de atenção psicossocial infantil (cuiabá)
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