Um estudo de perspectivas teórico-clínicas nas demências: sobre a relação linguagem, memória e sujeito

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A perda de memória é o primeiro e mais importante sinal do aparecimento de quadros de demência. É recorrente, na literatura médica e fonoaudiológica, noção de linguagem como comportamento e/ou como veículo de representação internas (cognitivas). Nas demências, as falas, embora corretas do ponto de vista gramatical, são falas vazias (Landi, 2007), ou seja são falas sem sentido, alheias ao contexto interacional/social imediato. São falas desmemoriadas, sem passado. A causa da instalação desses quadros é remetida a um processo longo e lento de degeneração cerebral, cujo efeito maior, como disse, é a perda de memória que, na linguagem, se manifesta como sendo uma fala sem sujeito. Esta dissertação parte de uma teorização sobre a linguagem que toma distância da acima mencionada. Nela, há reconhecimento da autonomia das leis de referência interna da linguagem (Saussure, 1916). A linguagem não fica reduzida e submetida a outros domínios (orgânico e cognitivo/social). Nesse sentido, aproximo-me de pesquisadores do Grupo de pesquisa CNPq, liderada por Maria Francisca Lier-DeVitto e Lúcia Arantes, no LAEL e na DERDIC da PUCSP. Esta vertente teórica abre uma nova perspectiva para se pensar a relação linguagem memória. Abre, também, a possibilidade de outro olhar para uma clínica que acolhe o sujeito com demência

ASSUNTO(S)

demencia memoria linguistica aplicada fonoaudiologia linguagem memory dementia language

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