Tratamento endoscópico de cisto de colédoco do tipo III

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

INTRODUÇÃO: Cisto de colédoco do tipo III de Todani não é doença muito comum. Eventualmente pode ocorrer a presença de doença biliar calculosa, que nestes casos estaria associada a eventos de colangite e pancreatite. Normalmente estes pacientes são conduzidos ao tratamento cirúrgico, principalmente porque há conceito difundido de que os cistos de colédoco são muito propensos a desenvolver neoplasia e que a sua presença indicaria ressecção cirúrgica. A chance para neoplasia parece estar relacionada à presença de refluxo do conteúdo biliopancreático para o ducto biliar comum. OBJETIVO: Relatar um caso de tratamento endoscópico de cisto de colédoco do Tipo III, bem como realizar revisão da literatura sobre o tema. RELATO DO CASO: Homem com 16 anos apresentou-se com dor abdominal periódica, febre e hiperamilasemia. CPRE mostrou má formação da junção biliopancreática, bem como impactação por cálculo. Foi realizada papilotomia que conseguiu clarear a árvore biliar. Os níveis de amilase no ducto biliar eram normais. Devido à ausência de refluxo de conteúdo biliopancreático, uma segunda aproximação endoscópica foi executada e comunicação larga entre o cisto e o duodeno foi realizada através do método endoscópico de diatermia. O paciente apresentou boa evolução após o procedimento e assim permanecendo em 30 meses de evolução. CONCLUSÃO: Desde que não haja a presença de refluxo de conteúdo biliopancreático, a ressecção cirúrgica do divertículo parece não ser necessária. A realização de drenagem endoscópica constitui-se em boa opção para tratamento conservador nos casos onde o refluxo biliopancreático não esteja presente.

ASSUNTO(S)

cisto de colédoco endoscopia

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