Transtorno por déficit de atenção com hiperatividade e o melhoramento cognitivo: qual é a responsabilidade do médico?
AUTOR(ES)
Gorga, Marcelo
FONTE
Rev. Bioét.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-08
RESUMO
O artigo trata do melhoramento neurofarmacológico da cognição, um dos temas mais frequentados na Neuroética e Bioética aplicada à Neurociência. Discute-se o uso racional destes fármacos. A normalização social, de acordo com Georges Canguilhem, unifica a diversidade estabelecendo valores em comum para a sociedade. O melhoramento cognitivo farmacológico pode favorecer o cumprimento de deveres e expectativas sociais surgidos a partir destes valores. O melhoramento cognitivo farmacológico cosmético e terapêutico (por exemplo, utilizado em TDAH, caso em que este artigo focaliza) implica, por parte do médico, assumir a responsabilidade social de facilitar o cumprimento de certas expectativas sociais, aderindo implicitamente a elas. Conclui-se considerando que é necessária, então, a reflexão do médico sobre o sentido destas expectativas, tendo em vista valores como vida, identidade, integridade, liberdade, saúde e bem-estar de pessoas e comunidades.
ASSUNTO(S)
cognição bioética neurociência responsabilidade social
Documentos Relacionados
- Potencial cognitivo em crianças com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade
- Desempenho cognitivo e heterogeneidade no transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em adultos
- Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade e o Funcionamento Familiar
- Resiliência e transtorno do déficit de atenção/hiperatividade
- O efeito do metilfenidato sobre o transtorno opositivo-desafiador comórbido com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade