TIMP-1 (inibidor de metaloproteinase) e colageno tipo IV em pacientes portadores de esquistossomose mansoni submetidos a esplectomia
AUTOR(ES)
Rozangela Maria de Almeida Fernandes Wyszomirska
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
A fibrose hepática resulta de um desequilíbrio entre deposição e remoção de componentes da matriz extracelular, sendo sua degradação mediada por metaloproteinases, e estas são reguladas por inibidores fisiológicos (TIMPs). Alterações no baço de indivíduos portadores de esquistossomose mansoni poderiam contribuir para a acentuação da fibrose hepática bem como da ativação de TIMPs, não estando esses aspectos totalmente esclarecidos. O objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento de marcadores séricos de fibrose hepática, o TIMP-l e o colágeno tipo IV em pacientes portadores da forma hepatoesplênica da Esquistossomose mansoni submetidos à esplenectomia. Foram incluídos 24 pacientes com idade que variou de 14 a 61 anos (36,92i:13,59 anos), sendo 17 do sexo masculino e sete do sexo feminino. Os níveis séricos de TIMP-I e colágeno IV foram determinados por método imunoenzimático sanduíche (EIA), no pré-operatório (PRÉ), e nos 2° (POl) e 600 (P02) dias após esplenectomia. Antes da esplenectomia, os níveis séricos do colágeno tipo IV e do TMP-I estavam elevados (175,04i:1l2,84ng/ml e 8I2,56i:861,31ng/ml, respectivamente). Após esplenectomia, a média dos valores de colágeno tipo IV revelou uma diminuição significante da média dos valores, em relação ao PO1 (113,98i:73,38ng/ml; p= 0,039) e em relação ao P02 {l09,53i:36.1ng/ml; p= 0,015). Níveis séricos de TIMP-I também mostraram uma significante diminuição em relação ao POI (245,08i:363,08ng/ml; p=0,008) e P02 (108,77i:1l2,05ng/ml; p= 0,001). Em adição, não foi encontrada diferença significante entre níveis séricos de PO 1 e P02, tanto para colágeno tipo IV (p= 0,061) como para TIMP-I (p= 0,145). Os nossos resultados mostram que após esplenectomia, ocorreu diminuição do TIMP-l e do colágeno tipo IV, que persistiu até o 60° dia. Estes resultados sugerem que o baço parece desempenhar um papel na regulação da fibrose hepática
ASSUNTO(S)
esquistossomose mansonica fibrose cistica marcadores biologicos figado - doenças colageno esquistossomose
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000373342Documentos Relacionados
- Determinação serica de marcadores de fibrose hepatica em portadores de esquistossomose mansoni : avaliação de colageno tipo IV e laminina
- Elevação dos níveis séricos de laminina e colágeno tipo IV na esquistossomose mansoni
- Papel do tabagismo no turnover de colágeno e expressão gengival de TIMP-1 e MMP- 8 na periodontite crônica
- Estudo do colágeno total e do colágeno tipo I em fáscia transversal de pacientes com hérnia inguinal direta submetidos à correção videolaparoscópica
- Estudo dos lipídios em jovens portadores de esquistossomose hepatoesplênica submetidos a tratamento cirúrgico