Testes de HIV entre trabalhadoras do sexo na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa: a necessidade de intervenções específicas
AUTOR(ES)
Parriault, Marie-Claire, van Melle, Astrid, Basurko, Célia, Gaubert-Marechal, Emilie, Macena, Raimunda Hermelinda Maia, Rogier, Stéphanie, Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo, Nacher, Mathieu
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-08
RESUMO
A fronteira entre Guiana Francesa e Brasil é um lugar de intercâmbio econômico, cultural, social e sexual. Nessa área, onde o turismo sexual é particularmente desenvolvido, as mulheres profissionais do sexo representam uma população de alto risco de contágio pelo HIV. Os testes de HIV parecem ser um elemento importante da luta contra a epidemia. De fato, os primeiros testes de HIV dão acesso à prevenção e aos tratamentos. Foi realizada em 2011 uma pesquisa de conhecimento, atitudes, comportamentos e práticas sobre HIV/AIDS com mulheres profissionais do sexo ao longo da fronteira da Guiana Francesa com o Brasil. Foram entrevistadas 213 mulheres profissionais do sexo. Um terço (31,5%) delas nunca tinha feito o teste de HIV. Fatores associados a não realização do teste de HIV foram: a falta de conhecimento dos locais onde fazer o teste, ter idade igual ou acima de 30 anos, sentir-se em risco de contágio pelo HIV, falta de avaliação do risco de contágio pelo HIV e habitante do Oiapoque. Esses resultados sugerem claramente que intervenções direcionadas às mulheres profissionais do sexo são necessárias para que os testes sejam feitos regularmente.
ASSUNTO(S)
profissionais do sexo Áreas de fronteira hiv
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