TELEREHABILITAÇÃO NA DOENÇA DE PARKINSON: INFLUÊNCIA DO ESTADO COGNITIVO

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Embasamento: A eficácia na reabilitação da voz em pacientes com doença de Parkinson está bem estabelecida. Tendo em vista as dificuldades de lidar com a locomoção de casa para centros de tratamento, o uso da telerreabilitação pode representar uma ferramenta inestimável para muitos pacientes. Objetivo: Analisar a influência do desempenho cognitivo na aceitação da telerreabilitação. Métodos: Participaram cinquenta pacientes em estágios 2-4 de acordo com a escala de Hoehn-Yahr, com idade entre 45 e 87 anos, escores cognitivos de 19 a 30 no Mini-Exame do Estado Mental e escolaridade entre 4-17 anos. Todos foram submetidos à avaliação da intensidade da voz antes e depois do tratamento pelo Lee Silverman Voice Treatment (LSVT) e foram convidados a responder um questionário sobre suas preferências entre duas opções de tratamento. Resultados: O tratamento resultou em aumento médio de 14dBNPS. Quando questionados sobre a possibilidade de aceitação para participar de um futuro programa de telerreabilitação, 38 indivíduos concordaram e 12 não. Em relação a estes dois grupos, a competência tecnológica foi referida em 26% e 17%, respectivamente. A aceitação à telerreabilitação foi positivamente relacionada com anos de estudo e estado cognitivo. Conclusão: As respostas ao Questionário após a conclusão do LSVT tradicional mostraram que a maioria dos pacientes (76%) concordaria em participar de uma futura telerreabilitação. Idade, sexo, estágio da doença ou competência tecnológica não pareceu influenciar na adesão à telerreabilitação enquanto que outros fatores, como estado cognitivo e anos de escolaridade foram positivamente relacionados com a aceitação da nova forma de terapia.

ASSUNTO(S)

doença de parkinson cognição tratamento de voz telerreabilitação

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