Tecnologia pós-colheita de modoficação atmosférica, controle do etileno e desverdecimento para a banana prata-anã cultivada em Boa Vista, Roraima
AUTOR(ES)
Marcos André de Souza Prill
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/04/2011
RESUMO
A bananicultura é um dos destaques na agricultura de Roraima, representando parcela significativa do mercado frutícola, contudo, deixa a desejar na qualidade final apresentada ao consumidor. Nesse sentido, foram realizados dois experimentos, onde, no primeiro avaliou-se a qualidade pós-colheita de bananas Prata-Anã submetidas ao armazenamento refrigerado (AR) a temperatura de 12 1oC e umidade relativa (U.R.) de 93 2% em câmara frigorífica, localizada no Laboratório de Tecnologia de Alimentos (LTA/UFRR). Nesse experimento, as bananas refrigeradas foram acondicionadas em embalagem de polietileno de baixa densidade (PEBD), com e sem a utilização de vácuo e o uso de adsorvedor de etileno no interior das embalagens. As análises foram realizadas em intervalos de 5 dias até 35 dias de armazenamento refrigerado. No segundo experimento, com base nos resultados obtidos do primeiro experimento, avaliou-se o desverdecimento dos frutos pelo uso tecnológico de fitorregulador e do abafamento, utilizando-se lona plástica (polietileno com fio de ráfia interno e ilhós de latão), realizado sem o controle atmosférico (T C, U.R.) e em diferentes tempos de armazenamento refrigerado das bananas (colheita, aos 10, 20 e 30 dias de AR). As análises foram realizadas seqüencialmente a um, dois, três e quatro dias após cada período de desverdecimento. As análises físicas, químicas e físico-químicas, em ambos experimentos, foram realizadas quanto ao pH da polpa, a perda de massa fresca, coloração da casca, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), concentração de CO2/etileno no interior das embalagens, curva respiratória (CO2/etileno) açúcares totais e redutores, atividade enzimática da poligalacturonase (PG) e ectinametilesterase (PME) e teor de pectina total e solúvel e teor de amido. Ao final do primeiro experimento, concluiu-se que a combinação do uso de embalagens com os sachês adsorvedores de etileno resultou no retardamento do processo de maturação dos frutos de banana Prata-Anã, quando observada a curva de respiração em relação ao atraso do pico climatérico dos frutos embalados junto ao sachê adsorvedor de etileno. Da mesma forma, foi constatado o efeito tecnológico do sachê na adsorção do etileno presente no interior das embalagens, refletindo, na melhor manutenção da qualidade sensorial segundo resultados observados nas análises físicas, químicas e físico-químicas. No segundo experimento, ao final dos quatro períodos de armazenamento, observou-se que não houve efeito significativo que determinasse qual o melhor método de desverdecimento, porém, verificou-se que quanto maior foi o período de AR, menor foi o período de manutenção da qualidade das bananas Prata-Anã após o desverdecimento. Assim, pode-se recomendar que o desverdecimento seja realizado com segurança em até 20 dias após a colheita e, sobretudo se mantidas sob condições de refrigeração a 12oC 1oC e 93 2% de U.R. Espera-se, nessa situação, a manutenção dos atributos de qualidade sensorial nas bananas por no mínimo, três dias durante o período médio de comercialização em Roraima.
ASSUNTO(S)
tecnologia pós-colheita adorvedor banana prata-anã etileno musa sp roraima boa vista fisiologia pos-colheita post harvest adsorber ethylene banana culture musa sp
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=87Documentos Relacionados
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