Síndrome de Burnout e consumo de álcool em agentes penitenciários

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-03

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Estimar a associação entre o padrão de beber com risco e as variáveis sociodemográficas, e comparar os escores médios dos fatores relacionados com a Síndrome de Burnout , de acordo com o padrão do consumo de álcool em funcionários de duas prisões brasileiras. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido com 339 participantes (taxa de resposta de 63,8%). Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico, o Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool (AUDIT) e o Inventário de Burnout de Maslach - Forma Geral (MBI-GS). Resultados: A média de idade dos participantes foi de 40,2 (DP = 8,8) anos, e 81,1% eram do sexo masculino. Um total de 78,5% dos participantes (IC95% 74,1 - 82,8) relatou consumir bebidas alcoólicas. A prevalência do comportamento de beber com risco na amostra foi de 22,4% (IC95% 18,0 - 26,9) e a da Síndrome de Burnout foi de 14,6% (IC95% 10,8 - 18,4). Observou-se associação significativa entre o comportamento de beber com risco com o gênero, o maior risco para os homens (OR = 7,32, p < 0,001), o tabagismo, risco aumentado para os fumantes (OR = 2,77, p < 0,001) e a prática religiosa, mostrando menor risco para os praticantes de religião (OR = 0,364, p < 0,001). Notaram-se escores médios (p < 0,001) mais altos de exaustão emocional e cinismo, e menor pontuação de eficácia profissional entre os indivíduos que relataram consumir bebidas alcoólicas. Conclusão: Homens fumantes foram os mais propensos a desenvolverem um padrão de beber com risco, enquanto a religião é apresentada como um fator protetor. Os indivíduos que consomem álcool foram os mais afetados pelos diferentes fatores da Síndrome de Burnout .

ASSUNTO(S)

alcoolismo esgotamento profissional risco gênero tabagismo religião.

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