Sindicatos das trabalhadoras domésticas no Brasil: teorias da descolonização e saberes subalternos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A tese analisa a narrativa produzida pelos sindicatos das trabalhadoras domésticas no Brasil. Para tanto realizamos entrevistas com integrantes dos principais sindicatos do país e pesquisa documental, onde procuramos recuperar a história dos Congressos Nacionais da categoria. Ao focalizar a análise nos sindicatos, nosso objetivo foi entender como os atores que foram e são silenciados e ignorados pela narrativa hegemônica da nação estruturada pelo mito da democracia racial e pelo mito do bom senhor ou boa senhora - percebem as relações sociais, especialmente as relações raciais. De acordo com as contribuições das teorias da descolonização (principalmente Dussel, Quijano e Mignolo), partimos do pressuposto de que o conhecimento não é produzido de uma posição neutra e universal, senão de diferentes posicionamentos dos atores e atoras num padrão hierárquico de poder, que nomeamos de colonialidade do poder. Assim, propomo-nos a escutar a enunciação das trabalhadoras domésticas sindicalizadas como uma enunciação subalterna. Concluímos que o ativismo político das trabalhadoras domésticas produz um saber que articula classe, raça e gênero, que nos permite problematizar a narrativa hegemônica da nação, desestabilizando os seus significados culturais hegemônicos, estruturados pelo mito da democracia racial e do bom senhor ou boa senhora

ASSUNTO(S)

sociologia gênero raça sindicatos das trabalhadoras domésticas classe

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