Sentidos deslegitimadores e legitimantes do MST no Jornal Nacional

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Esta dissertaÃÃo teve como principal preocupaÃÃo compreender como a heterogeneidade discursiva aparece no discurso telejornalÃstico. Seu principal objetivo foi apontar as vozes antagÃnicas no discurso heterogÃneo do Jornal Nacional(JN), da Rede Globo de televisÃo. Temos como referencial teÃrico-metodolÃgico a AnÃlise de Discurso, a partir de Authier-Revuz, utilizando ainda autores como Bakhtin, Bordieu, Berger, Fausto Neto, entre outros teÃricos da AnÃlise do Discurso, do jornalismo e da televisÃo. Sustentamos a hipÃtese de que os sentidos legitimantes e deslegitmadores a respeito dos Sem-Terra, resultante da heterogeneidade de vozes, à a base para se produzir efeitos de sentidos monofÃnicos sobre o MST. Se por um lado, esse discurso aponta para a legalizaÃÃo das aÃÃes dos Sem-Terra, na medida em que o JN divulga as estratÃgicas ocupaÃÃes do MST e assume designaÃÃes dos Sem-Terra, legitimando-os. Por outro, em sua maior parte, coloca os Sem-Terra na ilegalidade atravÃs de textos e imagens que correspondem à posiÃÃo-sujeito do governo e dos latifundiÃrios, classificando o Movimento como fora da lei e provocando reaÃÃes deslegitimantes. Diante disso, observamos que a parÃfrase e a polissemia sÃo determinantes para o funcionamento da linguagem, na produÃÃo do discurso do JN e, por conseguinte, na construÃÃo de um Ãnico sentido, pois, apesar da polifonia do corpus, os efeitos de sentido sÃo monofÃnicos. Para desenvolver esta pesquisa, acompanhamos e gravamos, de 1997 a 2002, matÃrias do JN sobre as aÃÃes do MST

ASSUNTO(S)

comunicacao legitimidade jornal nacional mst

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