Revascularização do miocárdio no paciente idoso: com ou sem circulação extracorpórea?

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-12

RESUMO

OBJETIVO: Verificar se há vantagem em revascularizar o paciente idoso sem Circulação Extracorpórea (CEC) em relação à utilização da mesma, considerando-se a viabilidade de Revascularização do Miocárdio (RM) completa e a morbi-mortalidade hospitalar. MÉTODO: Estudados prospectivamente 100 pacientes consecutivos, não randomizados, com idade > ou = 70 anos, submetidos à revascularização primária e isolada do miocárdio entre janeiro e dezembro de 2000. Os pacientes foram divididos em dois grupos, G1 - 50 pacientes operados com CEC e G2 - 50 pacientes operados sem CEC. Utilizou-se teste de análise univariada ÷2, por meio do programa SPSS 10.0, com nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Não houve ocorrência de insuficiência renal ou Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em ambos os grupos; a incidência de insuficiência respiratória foi idêntica nos dois grupos (4%); dois pacientes do G1 tiveram AVC, e 12 apresentaram baixo débito cardíaco, ocorrências não registradas no G2. A necessidade de suporte ventilatório > 24 h não foi significativa entre os grupos. O tempo médio de internação foi 21,8 e 11,7 dias, respectivamente (NS) e a sobrevida após 30 dias foi semelhante nos dois grupos. Oitenta por cento dos pacientes do G1 tiveram mais de duas artérias abordadas, contra apenas 48 % do G2 (p < 0,0001). CONCLUSÃO: Levando-se em conta apenas o maior número de enxertos nos pacientes do G1, podemos afirmar que a utilização da CEC pode proporcionar uma maior probabilidade de RM completa.

ASSUNTO(S)

revascularização miocárdica coronariopatia coronariopatia circulação extracorpórea

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