Respostas morfofisiológicas de folhas de feijão-de-corda ao estresse salino
AUTOR(ES)
Lacerda, Claudivan F., Assis Júnior, José O., Lemos Filho, Luiz C. A., Oliveira, Teógenes S. de, Guimarães, Francisco V.A., Gomes-Filho, Enéas, Prisco, José T., Bezerra, Marlos A.
FONTE
Brazilian Journal of Plant Physiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-12
RESUMO
Neste trabalho estudou-se a influência do estresse salino sobre as respostas morfológicas e fisiológicas de diferentes tipos de folhas de plantas de feijão-de-corda [Vigna unguiculata (L.) Walp.], buscando-se entender o processo de aclimatação da planta ao estresse salino. Sementes selecionadas foram semeadas em vermiculita e, após 7 d as plântulas foram transferidas para bandejas de plástico contendo solução nutritiva, e mantidas em casa de vegetação. Após a emergência do primeiro trifólio, as plantas foram transferidas para vasos contendo 3 L de solução nutritiva, deixando-se apenas uma planta por vaso. Utilizou-se um tratamento-controle (sem adição de NaCl) e um salino (75 mmol L-1 de NaCl), iniciando-se a adição parcelada do NaCl (25 mmol L-1 por dia) 5 d após o transplantio para os vasos. Durante o período experimental, foram realizadas, na folha primária e nas 1ª, 2ª e 3ª folhas trifolioladas a partir da base da planta, as seguintes avaliações: área foliar, grau de suculência, massa específica, teores de íons, teor de clorofila e a taxa fotossintética líquida. No final do período experimental foram feitas as análises de crescimento da planta inteira. A salinidade não afetou a taxa fotossintética líquida, porém reduziu a produção de matéria seca e o número de ramos laterais. Os teores de Na, Cl, K e P aumentaram nas folhas de plantas estressadas, porém essas repostas foram especialmente influenciadas pelo tempo e pela idade da folha. Os maiores teores de Na e Cl nas folhas mais velhas podem contribuir para reduzir o acúmulo desses íons nas partes em crescimento, porém a tendência de acúmulo de K e P em folhas de plantas estressadas pode ser conseqüência da redução na retranslocação, não contribuindo para a aclimatação da planta ao estresse. Por outro lado, a salinidade aumentou a relação fonte/dreno, a suculência, a massa específica e o teor de clorofila por unidade de área foliar, sugerindo que essas mudanças observadas podem constituir parte de um processo integrado de aclimatação da planta ao estresse.
ASSUNTO(S)
aclimatação fotossíntese partição de fotoassimilados salinidade teores de íons
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