Purificação parcial e caracterização das ribonucleases de raízes, caule e folhas de feijão-de-corda

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Este trabalho descreve a purificação parcial e caracterização das ribonucleases (RNase; EC 3.1.27.1) presentes em raízes, caule e folhas de plântulas de feijão-de-corda Pitiuba [Vigna unguiculata (L.) Walp.]. Precipitação dos extratos brutos dos diferentes tecidos com sulfato de amônio, seguida de cromatografia de troca iônica (CM-Celulose), resultaram em purificação de cerca de 48 vezes para a enzima de raízes, 21 para a de caule e 42 para a de folha. A atividade desoxirribonucleásica nas frações semi-purificadas foi praticamente nula. As massas moleculares das RNases não diferiram significativamente, sendo a média de suas massas 16,3 kDa. A RNase de folha mostrou-se estável até 50ºC enquanto que as outras foram inativadas nesta temperatura. A inativação máxima das RNases de raízes e de caule ocorreu a 70ºC, mas a da RNase foliar ocorreu a 80ºC. A adição de KCl ao meio de ensaio causou uma mudança no pH ótimo de 6,0 para a faixa de 5,2-5,6 para as enzimas extraídas dos diferentes tecidos. As atividades RNásicas foram fortemente inibidas por Hg2+, Zn2+ e Cu2+, inibidas parcialmente por Co2+ e Fe2+ e não foram afetadas por EDTA, Ca2+ ou Mg2+. Diferentemente do observado para a RNase foliar, as enzimas de raízes e de caule foram inativadas por uréia e 2-mercaptoetanol (2-ME). Embora exista grande semelhança entre as enzimas estudadas, a RNase foliar parece ser mais estável ao calor e à desnaturação química do que as RNases de raiz e de caule. Os resultados sugerem que as enzimas extraídas dos diferentes tecidos de plântulas de feijão-de-corda Pitiúba são ribonucleases e não nucleases.

ASSUNTO(S)

efetores da enzima massa molecular nuclease ph ótimo plântula termoestabilidade vigna unguiculata

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