Resposta imune local às lesões hpv induzidas do colo uterino em pacientes portadoras e não portadoras do vírus da imunodeficiência humana

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Objetivando avaliar a contagem de células de Langerhans na mucosa cervical de pacientes soropositivas e soronegativas para o HIV foi realizado um estudo com 77 pacientes, sendo 40 soropositivas e 37 soronegativas para o HIV que foram submetidas à colposcopia e biópsia de colo uterino. O material obtido através da biópsia de colo uterino foi encaminhado para estudo histopatológico e imunohistoquímico, utilizando-se os anticorpos CD1a (1:200), S100 (1:1200) e Ecaderina (1:400), todos da marca DAKO. O sistema de detecção utilizado foi o Novolink (Novocastra). Nas pacientes soropositivas para o HIV, considerando ao longo do epitélio, a marcação pelo anticorpo CD1a, a média de células/campo foi de 0,80 + 0,7 células e pelo anticorpo S100 a média de células/campo foi de 1,3 + 1,0 células. Nas pacientes soronegativas para o HIV, considerando-se ao longo do epitélio, pelo marcador CD1a, a média de células/campo foi de 2,6 + 1,6 células e pelo marcador S100 verificou-se contagem de 3,6 + 1,7 células, o que determinou para o CD1a (p<0,0001) e para S100 (p<0,0001). Entretanto, esta contagem não se associou à carga viral, à contagem de linfócitos TCD4+ e nem ao genótipo do papilomavírus humano (p>0,05). A análise multivariada identificou como responsável pela redução do número de células de Langerhans apenas a infecção pelo HIV. Conclui-se que as pacientes soropositivas apresentam menor quantidade de células de Langerhans na mucosa cervical, quando comparadas com as soronegativas, mas este efeito não está associado à contagem de linfócitos TCD4+ e a carga viral do HIV.

ASSUNTO(S)

dissertação da faculdade de medicina. ufmg colo uterino decs neoplasias uterinas decs soropositividade para hiv decs células de langerhans decs hiv decs ginecologia teses. contagem de células decs dissertações acadêmicas decs

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