Relações raciais e o movimento de trabalhadores favelados de Belo Horizonte: A formação de uma consciência de classe e raça na política urbana (1959-1964)

AUTOR(ES)
FONTE

Varia Historia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo O artigo analisa o movimento de favelas de Belo Horizonte e seu jornal O Barraco, evidenciando a formação da consciência de classe e raça nas práticas da Federação dos Trabalhadores Favelados nos anos 1950 e 1960. O texto divide-se em duas partes: numa primeira, enfatiza o enquadramento dado pela sociologia urbana aos associativismos de favelas e o silêncio sobre a questão racial em Belo Horizonte, enfocando as monografias e livros de autores que foram pioneiros na análise do espaço urbano e das mobilizações em favelas, na segunda metade do século XX; numa segunda, analisa o movimento social, evidenciando como a experiência dos trabalhadores favelados relacionava-se com os estigmas e controles sociais racializados na cidade e com uma cultura política operária dos anos 1960. A análise faz uso de monografias, estatísticas, jornais, fotografias, documentos acumulados e apreendidos pela polícia política e estatutos de associações civis para compreender a formação da consciência de classe e raça articulada nas práticas associativas e de protesto.

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