Relação entre os fatores de risco cardiovascular e a ecogenicidade e o padrão do complexo íntima-média carotídeo em homens

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: A espessura do complexo íntima-média carotídeo (CIM-C) é considerada um marcador da aterosclerose precoce, mas alterações visuais e da ecogenicidade do CIM-C também podem ser observadas. O objetivo foi avaliar a relação entre os fatores de risco cardiovascular e a ecogenicidade do CIM-C e identificar aqueles mais relacionados com o CIM-C "alterado". TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal no setor de ultrassonografia do Departamento de Diagnóstico por Imagem, Universidade Federal de São Paulo. MÉTODOS: Oitenta homens foram avaliados. Aferição da pressão arterial, medida da circunferência abdominal (CA), perfil lipídico, glicemia de jejum (GLI), ácido úrico (AU) e proteína C-reativa de alta sensibilidade foram obtidos. A espessura do CIM-C foi medida por ultrassom modo B e a média da escala de cinza (GSM) e do desvio padrão do CIM (DPIM) foram calculados. RESULTADOS: As variáveis discriminantes foram GLI (r2 = 0,036; P = 0,013), AU (r2 = 0,08; P = 0,03), DPIM (r2 = 0,43; P < 0,001), GSM (r2 = 0,35; P < 0,001) e espessura do CIM-C (r2 = 0.29; P < 0,001). Houve correlação significativa entre GSM e CA (r = -0,22; P = 0,005), GLI (r = -0,24; P = 0,002) e lipoproteína de alta densidade do colesterol (HDL-C) (r = 0,27; P = 0,0007). CONCLUSÃO: A GSM teve correlação com CA, GLI, HDL-C. Entretanto, AU e DPIM apresentaram maior impacto discriminante, sugerindo que alterações visuais do CIM-C, independentemente da espessura, podem auxiliar na identificação de pacientes com potencial risco cardiovascular.

ASSUNTO(S)

ultrassonografia espessura intima-média carotídea aterosclerose fatores de risco síndrome x metabólica

Documentos Relacionados