Relação da doença periodontal com a espessura da parede íntima-média da artéria carótida

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A infecção e a inflamação crônicas são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Recentes estudos indicaram que a periodontite severa pode influenciar no aumento de citocinas pró-inflamatórias e marcadores de inflamação associados com os eventos cardiovasculares. A espessura da camada íntima-média da artéria carótida é considerada um marcador de risco para as doenças cardiovasculares. O propósito deste estudo foi relacionar a doença periodontal com o espessamento mio-intimal das artérias carótidas. Medidas não invasivas do sistema carotídeos (artéria carótida comum, externa e interna) esquerdo e direito foram feitas com ultrassonografia de alta resolução em 217 sujeitos com idade média de 62,28 (DP: 10,37). A presença do elemento dentário e os parâmetros clínicos de doença periodontal, como as medidas de bolsas periodontais e o nível de inserção clínico, foram obtidos de seis sítios de cada dente presente. Também, foi realizada uma entrevista com histórico médico-odontológico. Os resultados indicam que a periodontite crônica generalizada foi mais prevalente em indivíduos que apresentavam placas ateromatosas (61,36%) e espessamento médio-intimal (aterosclerose sublínica) (21,59%), em comparação aos pacientes com menor extensão de doença periodontal (P=0,0001). A severidade da doença periodontal também esteve mais prevalente no grupo estenótico (58,82%) (P=0,0242), se comparado ao grupo com periodontite média/moderada. Adicionalmente, o menor número de dentes (P=0,0007) também foi mais prevalente no grupo com estenose. Neste estudo, observamos, portanto, a associação entre a estenose parcial da parede íntima-média no sistema carotídeo (placas ateromatosas) e a aterosclerose subclinical, com a presença da doença periodontal crônica em maior extensão e severidade e o número de dentes

ASSUNTO(S)

doenças periodontais - complicações arteriosclerose odontologia doenças cardiovasculares fatores de risco odontologia periodontia

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