Racismo como verbalismo? Delineamentos para compreensão da aquisição do racismo entre cegos congênitos
AUTOR(ES)
Dahia, Sandra Leal de Melo
FONTE
Psicol. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013
RESUMO
O artigo discute a questão da aquisição do racismo e do preconceito racial em crianças cegas congênitas. Está parcialmente fundamentado na perspectiva do antropólogo Lawrence A. Hirschfeld, estudioso da dimensão cultural da vida mental, pela ênfase que confere à linguagem na formação de conceitos raciais, em detrimento de indicadores visuais. O cerne do artigo reside em considerar algumas possibilidades alternativas para a construção de conceitos raciais e para a vivência do fenômeno do racismo que ora apontam para um padrão próprio aos cegos, ora apontam para um padrão semelhante ao dos videntes ou, ainda, para o mero artificialismo na vivência do racismo. Para esta alternativa, torna pertinente a introdução de uma discussão sobre relações de poder entre cegos e videntes numa sociedade visual, onde se observa que as condições sociais influenciam significativamente. O verbalismo se constitui num processo que parece acentuar a condição de subordinação dos cegos.
ASSUNTO(S)
construção de conceitos raciais racismo cegueira congênita relações de poder verbalismo
Documentos Relacionados
- Desenvolvimento de conceitos em cegos congênitos: caminhos de aquisição do conhecimento
- Developing concepts on congenital blind people
- Localização especial de estímulos sonoros em indivíduos cegos congênitos: estudo comparativo da posição tridimensional da cabeça em adultos cegos congênitos e indivíduos videntes
- Delineamentos para uma teoria da Museologia
- Através da compreensão da historicidade para uma historicidade da compreensão como apropriação da tradição