Pterígio: prevalência e gravidade em um cenário oftálmico na Amazônia, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

OBJETIVO: Este é um estudo clínico oftálmico transversal para estimar a prevalência e gravidade de pterígios em uma população específica na bacia Amazônica, Brasil. MÉTODOS: O estudo incluiu 225 indivíduos acima de 20 anos de idade, oriundos de três diferentes residências na cidade de Manaus (grupo 1, n = 89), comunidades ribeirinhas (grupo 2, n = 116) e indígenas que habitam nas florestas (grupo 3, n = 20). Pterígios foram classificados de 1-4 pelo exame com tocha e determinando-se sexo, idade e ocupação. RESULTADOS: Foram diagnosticadas 117 pessoas com pterígio (graus 2-4); 52% contra 108 indivíduos com doença bilateral em 43% dos indivíduos. Prevalência de graus 2-4 aumentou de 36% no grupo 1 para 62,5% no grupo 2 e 75% no grupo 3. Dentre estes indivíduos, o percentual com profissões ao ar livre aumentou entre os grupos para 31,2%, 67,1% e 70%, respectivamente. Além disso, indivíduos do grupo 2 que trabalhavam em grande parte ao ar livre, mostrou aumento da gravidade do pterígio, com grau 2 a 57% (p=0.0002), grau 3 a 93.3% (p,0.0001) e grau 4 a 100% (p=0.0004). CONCLUSÃO: Comunidades amazônicas têm uma alta prevalência de pterígios, que se correlaciona com maior ocupação ao ar livre e exposição ao sol. Este estudo concorda com relatórios anteriores em todo o mundo e é o primeiro estudo a comparar a prevalência de pterígio nas zonas rural e urbana da Amazônia no Brasil. Este estudo destaca a importância da saúde pública e a necessidade de estudos de intervenção.

ASSUNTO(S)

pterígio prevalência saúde pública Índice de gravidade da doença luz solar

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