Prevalência de sintomas dispépticos e de pirose em uma população de adultos em Belo Horizonte, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

RESUMO CONTEXTO Tem sido relatado que cerca de 15% a 40% da população geral apresenta alguma queixa dispéptica e/ou pirose. Os sintomas dispépticos podem surgir em qualquer idade e são mais prevalentes no sexo feminino. OBJETIVO Investigar a prevalência de sintomas dispépticos e pirose em indivíduos com idade superior a 18 anos. MÉTODOS Foram selecionados aleatoriamente indivíduos com idade superior a 18 anos, entrevistados em praças públicas de Belo Horizonte/MG, por meio de um questionário que abordou características sócio-demográficas, questões relacionadas aos hábitos alimentares, sintomas digestivos, consultas médicas, medicamentos, exames, antecedentes cirúrgicos, comorbidades e questionário específico para diagnóstico de dispepsia funcional (Roma III). RESULTADOS Foram entrevistados 548 participantes. Destes, 58,4% eram mulheres, 59,3% da raça branca, 56% solteiros e a idade média foi de 36 anos. Neste grupo, 376 indivíduos (68,6%) declararam ter algum sintoma e/ou utilizar algum medicamento para aliviar sintomas dispépticos. Para esses indivíduos, foi utilizado o questionário Roma III para o diagnóstico de dispepsia sendo sintoma de plenitude pós-prandial (6,7%), saciedade precoce (3,5%) e a dor ou queimação no estômago (azia) presente em 10,6%. A sobreposição desses sintomas foi muito frequente. A prevalência de dispepsia funcional foi de 10,6% (síndrome de desconforto pós-prandial (8,2%), síndrome da dor epigástrica (2,4%)). Dentre os participantes, 52,5% relatavam pirose, sendo que desses 11,1% apresentavam este sintoma, no mínimo, uma vez por semana. O medicamento mais utilizado foi o Omeprazol. CONCLUSÃO A prevalência dos sintomas dispépticos e pirose na população urbana adulta brasileira é semelhante a descrita em outros países.

ASSUNTO(S)

dispepsia diagnostic azia consensus

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