PrevalÃncia da contaminaÃÃo e avaliaÃÃo dos fatores de risco para enteroparasitos em hortaliÃas de Fortaleza-Cearà / Prevalence of contamination and assessment of risk factors for intestinal parasites in vegetables in Fortaleza-CearÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/11/2000

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo determinar a prevalÃncia de enteroparasitos em hortaliÃas, mais especificamente a alface (Lactuca sativa) de hortas comerciais e de uso coletivo no municÃpio de Fortaleza-CE e associÃ-la aos fatores ambientais, higiÃnico-sanitÃrios e sÃcio-econÃmicos locais. Inicialmente foram cadastradas, atravÃs de um censo, 165 hortas em Fortaleza, dentre as quais 57 foram escolhidas aleatoriamente para o estudo. Cinco unidades de alface (Lacuta sativa) foram obtidas por horta, totalizando uma amostra de 285 hortaliÃas. Considerou-se como unidade amostral, 01 pà ou touceira, independente do peso ou tamanho, colhidas ao acaso. O exame parasitolÃgico das unidades foi realizado atravÃs do mÃtodo de sedimentaÃÃo espontÃnea em Ãgua e o de centrÃfugo-flutuaÃÃo em sulfato de zinco empregados ao lavado das hortaliÃas e um questionÃrio foi utilizado para obtenÃÃo dos dados epidemiolÃgicos. Em 100% das hortas estudadas, uma ou mais amostras estavam contaminadas com enteroparasitos. Foi encontrada uma positividade em 73,3% das amostras de alface examinadas, sendo diagnosticados ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoÃrios, dentre estes: Strongyloides sp (66,7%), AncilostomÃdeos (17,5%), Ascaris lumbricoides (3,2%), Entamoeba sp, Trichuris sp, Isospora sp, e Iodameba butschilii (1,1%); Taenia sp e Toxocara sp (0,7%); e Shistosoma mansoni (0,4%). Dentre as amostras parasitadas, 54,4% apresentaram uma espÃcie de parasito, enquanto que 18,9% apresentaram duas ou trÃs. A prevalÃncia de Strongyloides sp apresentou significÃncia estatÃstica (p<0,05) apenas para idade e renda dos trabalhadores das hortas. Os demais fatores como uso de Ãgua nÃo tratada na irrigaÃÃo, proximidades com coleÃÃes hÃdricas e poluentes, solos com declives acentuados, uso de adubo orgÃnico sem nenhum tipo de tratamento, presenÃa de vetores e animais domÃsticos e inexistÃncia de local adequado para os trabalhadores das hortas evacuarem, apesar de poderem ter contribuÃdo para a elevada prevalÃncia observada, nÃo atingiram significÃncia estatÃstica. Tal fato pode ser explicado pela homogeneidade das condiÃÃes ecolÃgicas que foram precÃrias na maioria das hortas.

ASSUNTO(S)

saude coletiva enteroparasitos verduras fatores de risco prevalÃncia enteric parasites vegetables risk factors prevalence

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