Pesca, distribuiÃÃo, migraÃÃo e biologia reprodutiva da albacora-branca (Thunnus alalunga) em relaÃÃo à estrutura termal de massas dâÃgua e correntes oceÃnicas na costa do Brasil / Fishery, distribution, migration and reproductive biology of the albacore (Thunnus alalunga) and relationships with thermal water masses structure and oceanic currents along the brazilian coast

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O arrendamento de embarcaÃÃes estrangeiras para pesca de atuns dentro da ZEE brasileira e Ãguas oceÃnicas adjacentes à importante para o desenvolvimento do setor pesqueiro nacional, na medida em que permite a transferÃncia de novas tecnologias, geraÃÃo de renda, conhecimentos sobre os recursos explorados e inÃmeros outros benefÃcios. Um exemplo recente foi a frota de espinheleiros de China-Taipei arrendada, no perÃodo de 2000 a 2002, por empresas brasileiras, tendo como espÃciealvo a albacora-branca (Thunnus alalunga), utilizando o espinhel pelÃgico de profundidade (DLL), atuando em maiores profundidades, diferentemente dos espinheis pelÃgicos tradicionais (RLL) em operaÃÃo no PaÃs que atuam mais prÃximos da superfÃcie. Esse arrendamento proporcionou um aumento nas capturas de albacora-branca superior a 3,5 vezes, entre os anos de 1999 a 2001, demonstrando o potencial do emprego do DLL em Ãguas brasileiras. No perÃodo de arrendamento, o volume total exportado de albacora-branca foi de 11.902 toneladas (US$ 16,5 milhÃes). Observadores de Bordo nesses espinheleiros possibilitaram a aquisiÃÃo de dados importantes como a tecnologia e estratÃgia da pesca com DLL. Sensores de profundidade e temperatura acoplados Ãs linhas secundÃrias desses espinhÃis, demonstraram que aproximadamente 87% dos anzÃis atuaram sempre abaixo do topo da termoclina, sendo que os anzÃis mais centrais dos samburÃs ficaram em profundidades em torno de 210 e 316metros. AnÃlises de CPUE demonstraram que o espinhel tipo DLL pode ser atà 1,77 vezes mais eficiente na captura de albacorabranca em Ãguas brasileiras do que o espinhel tipo RLL. Correlacionando as Ãreas de migraÃÃes horizontais da albacora-branca foi possÃvel, juntamente com a revisÃo da biologia e ecologia da espÃcie, relacionar sua migraÃÃo e reproduÃÃo com as massas dâÃgua e correntes oceÃnicas, onde os indivÃduos adultos fariam a migraÃÃo reprodutiva saindo do sul da Ãfrica em direÃÃo a costa Nordeste do Brasil, seguindo a Corrente Sul Equatorial sul (CSEs), e saindo do sudoeste do AtlÃntico em direÃÃo ao Nordeste do Brasil pela Ãrea central do Giro AnticiclÃnico Subtropical do AtlÃntico Sul (GASAS). Da costa Nordeste do Brasil seguiriam pela Corrente do Brasil (CB) e depois pela Corrente Sul AtlÃntica (CSA), fazendo a migraÃÃo trÃfica atà altas latitudes. Os ovos e larvas da albacora-branca seriam entÃo transportadas pela CB atà a Ãrea de berÃÃrio, na zona de convergÃncia subtropical, enquanto os juvenis, no sudoeste do AtlÃntico Sul, fariam o recrutamento migrando atravÃs da CSA em direÃÃo à costa da NamÃbia e da Ãfrica do Sul. A populaÃÃo de albacora-branca do AtlÃntico Sul encontraria assim as condiÃÃes mais adequadas ao seu ciclo de vida (sobrevivÃncia, alimentaÃÃo e recrutamento), dentro do GASAS, ocupando, preferencialmente, profundidades abaixo do topo da termoclina durante o dia luminoso

ASSUNTO(S)

thunnus alalunga recursos pesqueiros albacore albacora branca oceanografia thunnus alalunga pesca deep-sea long-line ecologia fishery dll espinhel pelÃgico de profundidade ecology

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