Obtenção de ferrita de grão utrafino em aços C - Mn e microligado com Nb-Ti através de ensaios de torção a quente

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/04/2005

RESUMO

Nos últimos anos um grande interesse tem se voltado para a pesquisa na obtenção de estruturas de granulação ultrafina por diferentes métodos (ECAP, ARB, HPT) visando a melhoria da relação propriedades e microestrutura nos aços. Estudou-se neste trabalho a formação da ferrita induzida por deformação com enfoque principal à aplicação de deformação plástica através de torção em aço C-Mn e microligado ao Nb-Ti, para tentar se estabelecer uma correlação com os parâmetros de processos industriais de laminação. Após aquecimento das amostras à taxa de 1ºC/s para austenitização nas temperaturas de 900 e 1200ºC, com encharque durante 300s, as mesmas foram submetidas à têmpera em salmoura e gelo. Em seguida, realizou-se o aquecimento das amostras à taxa de 1ºC/s, encharque durante 300s e subseqüente torção nas temperaturas de 700 e 740°C, envolvendo 7 passes de deformação, até uma deformação verdadeira final de aproximadamente 1. Os mecanismos de amaciamento foram estudados a partir das curvas de fluxo. A microestrutura foi analisada por microscopia óptica, eletrônica de varredura, de transmissão e de força atômica. O tamanho de grão ferrítico após recozimento a 800°C em seis diferentes tempos foi verificado. O comportamento mecânico foi avaliado por testes de microdureza Vickers. O acúmulo de energia por deformação no campo bifásico possibilitou condições favoráveis à nucleação acentuada de ferrita, ocasionando uma estrutura de grãos ultrafinos, da ordem de 2m, sem a necessidade de se utilizar deformações muito intensas. O formato das curvas tensão-deformação sugeriu que o refinamento da ferrita ocorreu por recristalização dinâmica durante o estágio de trabalho a quente. Os valores de microdureza Vickers ao final do processo foram de aproximadamente 200HV. Uma análise térmica foi desenvolvida no aquecimento e no resfriamento com o uso de um termopar inserido nas amostras a fim de se acompanhar as temperaturas de transformações de fases. Foram desenvolvidas equações empíricas correlacionando as propriedades mecânicas com os parâmetros de processo e as características microestruturais. As condições operacionais empregadas podem permitir uma extrapolação para a linha de produção, desde que haja um controle apurado destes parâmetros.

ASSUNTO(S)

engenharia metalúrgica teses. metalurgia física teses. ferrita. teses. aço propriedades mecanicas teses. aço deformação teses.

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