O positivismo e a educação provida pelas mulheres como fator de transformação epistemológica operada entre os séculos XIX e XXI

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O século XIX foi um tempo de utopias calcadas no cientificismo e de delineamento das esferas de poder e dominação cabais da sociedade burguesa. Nesse cenário, positivismo e marxismo desempenharam um papel de grande importância. Enquanto o marxismo buscava subverter a ordem de forma revolucionária, o positivismo queria manter a ordem e reforçá-la por meio de reformas. No Brasil, o positivismo chegou com grande força, bem no momento da guinada republicana, alojando-se em instâncias diversas como a bandeira nacional e componentes políticos e educacionais. Dessa forma, tornou-se natural sua preponderância em detrimento do marxismo, que só no século XX ganhou mais fôlego em terras brasileiras. É em meio a esse cenário oitocentista que a Educação começou a ceder espaço para um agente social novo, ao menos no tocante à vida pública, qual seja, a mulher. Por meio de uma combinação de elementos como a tradição católico-cristã, os ares republicanos que refletiam uma ânsia de identidade pró-européia, o progressivismo positivista e a Educação, que aos poucos introjetou caracteres do feminino na coletividade, começou-se a configuração de uma nova ordem, por muitos intitulada de Pós-Modernidade. Para sociólogos como Michel Maffesoli, o Brasil é o laboratório da Pós-Modernidade, assim como a Europa o foi para a Modernidade. Se assim o for, tal encadeamento decorreria das especificidades a pouco citadas? E, em caso afirmativo, seria essa uma situação consistente? Algumas evidências parecem mostrar que "sim" e que "não", em resposta às perguntas acima. "Sim", para o caso da alquimia pós-moderna das especificidades brasileiras, e "não", para a postulação de perenidade das facetas pós-modernas. Até mesmo se pode pensar na coexistência da Pós-Modernidade de comum acordo com a Modernidade, a primeira a servir apenas como retórica apaziguadora. Este trabalho propõe mostrar como a Educação, a mulher, o positivismo e o Brasil - em especial Curitiba e o Paraná - podem ter extrema significância no atual estado de coisas mundial, através de construtos eminentemente políticos.

ASSUNTO(S)

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