Múltiplos comportamentos de risco para doenças não transmissíveis em adolescentes e fatores associados

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

Objetivo: Estimar a prevalência de comportamentos de risco para doenças não transmissíveis e analisar seus fatores associados em adolescentes. Métodos: Estudo transversal de base escolar realizado em 2008 com 1.139 estudantes do ensino médio, entre 14 e 19 anos de idade, de escolas públicas e privadas de Cuiabá, Mato Grosso. Aplicou-se questionário autoadministrado, incluindo Questionário de Frequência Alimentar. Avaliou-se a prevalência de tabagismo, experimentação de álcool, inatividade física, padrão de refeições e ingestão excessiva de gordura saturada e sódio. Foram analisadas as associações entre os comportamentos de risco e variáveis socioeconômicas, status de peso e autopercepção do estado de saúde. Resultados: Os comportamentos de risco mais comuns foram: ingestão excessiva de sódio (88%), padrão de refeições insatisfatório (72%), consumo excessivo de gordura saturada (39%) e experimentação de álcool (39%). Quatro em cada 10 adolescentes foram expostos a dois comportamentos de risco simultaneamente. Entre os meninos, os principais fatores associados aos comportamentos de risco foram: tipo de escola, turno de aula, escolaridade do chefe da família, status de peso e autopercepção do estado de saúde. Entre as meninas, a idade, o tipo de escola, o turno de estudo e a escolaridade do chefe da família foram os principais fatores associados aos comportamentos de risco. Conclusão: A prevalência de exposição a comportamentos de risco para doenças não transmissíveis foi elevada, destacando a presença simultânea de tabagismo e experimentação de bebidas alcoólicas. Deve ser dada especial atenção às atividades educativas, visando minimizar os efeitos da ocorrência simultânea de múltiplos comportamentos de risco.

ASSUNTO(S)

adolescentes comportamentos do adolescente estilo de vida assunção de riscos classe social

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