Mapa pictográfico da cultura ribeirinha da Amazonia Paraense: tradições e midias

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta pesquisa situa-se no universo das Cartografias Pictográficas e tem como carta de itinerário o ciclo de festas populares dos caboclos ribeirinhos da Amazônia Paraense.Tem como objetivo criar um novo conjunto de imagens sobre a Amazônia e, através da divulgação nos meios de comunicação, inserir estas paisagens no imaginário do resto do Brasil. Esse é o diferencial desta dissertação: são duas vias que confluem ao mesmo ponto, saem da artista e pesquisadora e vão seguindo infinitamente enquanto representação plástica construída através de uma grande viagem, pelas comunidades caboclas. O universo conceitual de Jerusa Pires Ferreira, organizado a partir da transcrição de aulas gravadas, criou os primeiros tópicos teóricos da dissertação. Utilizamos também a obra de Ana Maria de Morais Beluzzo sobre os Artistas-Viajantes; o universo de Darcy Ribeiro e João de Jesus Paes Loureiro sobre a cultura cabocla e suas poéticas; os livros de Marlyse Meyer para entender as antropofagias da cultura popular; e a teoria do mundo invertido de Bakhtin para refletir sobre os mascaramentos na festa popular. Então, ampliamos o universo do festeiro, retirando-o do localismo e redimensionando-o na universalidade a partir dos estudos de Paul Zumthor. Mas não pensamos teoricamente com aparelhos estáticos. Pensamos de modo que a teoria nos propiciasse a deslocação do olhar através da nossa própria obra pictórica, encarada como veículo de comunicação entre estes dois mundos. Nesse campo, discutimos a possibilidade de criação e difusão de redes imagéticas através de projetos artísticos midiatizados que mostram o imaginário das minorias. O corpus de análise adotado trata das mudanças dos papéis sociais do festeiro e exemplifica processos de atualizações de uma tradição, através do carnaval de Joaba em Cametá e do Boi de Máscaras de São Caetano de Odivelas. As conclusões alcançadas mostram como a comunidade festeira cria um território encantado e como a artista-viajante, midiatizando esta voz, amplia seu alcance

ASSUNTO(S)

oralidade cultura popular - amazônia amazon region festas populares art. comunicacao festival folk culture orality arte

Documentos Relacionados