Manejo da doença coronária multiarterial após angioplastia primária: reintervenção estadiada versus tratamento clínico otimizado e seguimento de 2 anos
AUTOR(ES)
De Paula, José Guilherme Rodrigues, Godoy, Moacir Fernandes de, Santos, Márcio Antônio dos, Pivatelli, Flávio Corrêa, Osti, Alan Vinicius Gamero, Trindade, Luciano Folchine, Novelli, Diego, Nakazone, Marcelo Arruda
FONTE
Braz. J. Cardiovasc. Surg.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-04
RESUMO
Objetivo: No cenário do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST, diversos pacientes com doença coronária aterosclerótica multiarterial recebem alta hospitalar sem estratégia definida para seguimento de coronariopatia residual. Avaliamos o desfecho composto por morte cardiovascular, sintoma de angina de peito, reinternação por nova síndrome coronária aguda ou necessidade de reintervenção no seguimento de dois anos. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, histórico, incluindo portadores de doença coronária aterosclerótica multiarterial admitidos em serviço terciário universitário com Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST submetidos à intervenção coronária percutânea primária com implante de stent apenas na lesão culpada e conduzidos ambulatorialmente conforme duas terapêuticas: Grupo Clínico - GC (terapia farmacológica otimizada associada à orientação dietética saudável e reabilitação cardiovascular) ou Grupo Intervenção - GI (nova ICP estadiada ou revascularização miocárdica cirúrgica aliada ao tratamento previamente descrito). Resultados: De 143 pacientes consecutivamente admitidos com Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST, 57 foram elegíveis para o estudo (GC=44 e GI=13). Em relação aos desfechos, o GI não diferiu do GC quanto à taxa de óbito cardiovascular. O sintoma de angina de peito e a taxa de reinternação por novo episódio de síndrome coronária aguda destacam-se no GC (P=0,020 e P=0,049; respectivamente), principalmente nos indivíduos com evidência de isquemia à cintilografia miocárdica (P<0,001 e P=0,001; respectivamente) culminando, inclusive, com maior necessidade de reintervenção (P=0,001) neste subgrupo de pacientes. Conclusão: A intervenção estadiada mostra-se segura e capaz de reduzir angina de peito e reinternação por novo episódio de síndrome coronária aguda. Além disso, diminui a probabilidade de reintervenções não planejadas em pacientes com ausência de isquemia à cintilografia miocárdica.
ASSUNTO(S)
infarto do miocárdio doença das coronárias angioplastia cintilografia mortalidade
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