Limites e desafios para objetivação da pedagogia histórico-crítica na prática escolar
AUTOR(ES)
Carlos Henrique Ferreira Magalhães
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Esta pesquisa buscou identificar os desafios enfrentados pelos professores da Rede Municipal de Sarandi na objetivação da Pedagogia Histórico-Crítica pela Secretaria Municipal de Educação no período de 2001 a 2008. E, para guiar a pesquisa, tivemos como objetivo geral: analisar os limites e desafios de objetivação da prática escolar na atual cotidianidade com base na Pedagogia Histórico-Crítica. A partir do levantamento de documentos , das observações de reuniões na Secretaria Municipal de Educação, e na escola investigada, do VII Encontro de Educação, das entrevistas realizadas com as professoras na escola, assim como com o Secretário Municipal de Educação e seus assessores, com o estudo da história da economia-política desse município, do Paraná e do Brasil, entendemos que o aspecto fundante do ser social, seu trabalho, construído historicamente no tempo passado, atua no tempo presente como um fantasma. Os aspectos econômicos e extraeconômicos atuam, continuamente e contraditoriamente na formação do ser social. As condições precárias da formação inicial e das formações continuadas das professoras, a organização da prática escolar em gestões anteriores com características neoescolanovistas, a ausência de condições objetivas no tempo presente para o desenvolvimento da prática escolar emancipatória, o pensamento idealista a respeito do Estado, do trabalho estranhado e do capital, entre outros fatos correspondem às múltiplas determinações que desafiam a objetivação de uma prática escolar emancipatória ou da Pedagogia Histórico-Crítica, na atual história, como luta de classes. Concluímos que os entraves para a objetivação da Pedagogia Histórico-Crítica se encontram nas condições objetivas da cotidianidade, promovidas pela atual sociabilidade capitalista, assim como nas condições subjetivas do estranhamento do corpo docente e dos membros da Secretaria Municipal de Educação em relação a si, em relação ao outro e em relação à realidade. Entendemos que urge ao corpo docente a necessidade de buscar o seu vir a ser conjuntamente com outros movimentos extra-parlamentares na organização de uma política radical. Assim, talvez, poderemos pensar em objetivar uma prática escolar emancipatória a qual lute contra a atual pré-história em prol de uma história dos homens livremente associados.
ASSUNTO(S)
pedagogia histórico-crítica professores - formação prática escolar ontologia marxiana educacao
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3013Documentos Relacionados
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